Análise de perdas de água por meio de otimização para o projeto de integração do rio São Francisco, eixo leste - bacia do rio Paraíba.
Ano de defesa: | 2019 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Campina Grande
Brasil Centro de Tecnologia e Recursos Naturais - CTRN PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA CIVIL E AMBIENTAL UFCG |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/7896 |
Resumo: | Diante de um cenário recorrente de escassez hídrica no semiárido nordestino devido as causas climáticas características da região, o Projeto de Integração do Rio São Francisco (PISF) trouxe esperança para a população que necessita dessas águas. No Estado da Paraíba, através do Eixo Leste, a bacia hidrográfica do Rio Paraíba, recebe as águas da transposição garantindo o suprimento hídrico de todo o trecho do rio, bem como dos quatro reservatórios em série - Poções, Camalaú, Boqueirão e Acauã - receptores da vazão de água do projeto. O PISF foi planejado e executado por meio de construção de canais abertos, onde a água é transportada em contato direto com o meio externo, acarretando em consideráveis perdas hídricas para o sistema. Devido a importância desse sistema para a região e a preocupação com a gestão hídrica da mesma, cabe o questionamento sobre como a água pode ser distribuída e utilizada a partir de sua chegada a bacia do rio Paraíba de forma a minimizar perdas de água e de ordem financeira. Dessa forma, o objetivo desta pesquisa é estudar o comportamento das perdas em trânsito no rio e por evaporação nos quatro reservatórios em série, que são receptores da vazão exógena do PISF, e calcular os custos das perdas hídricas para cada cenário. Para isso, criou-se quatro cenários, que levam em consideração a forma atual da transposição e cenários com proposta de uma nova adutora até a ETA (Estação de Tratamento de Água) de Gravatá, localizada no município de Queimadas – PB, transportando parte da vazão do projeto de integração. Consideram-se cenários com os usuais perímetros irrigados da área de estudo e também com restrições de área irrigada de acordo com a Resolução Conjunta ANA/AESA nº 87 de 5 de novembro de 2018. Os cenários foram avaliados por meio de um modelo de otimização multiobjetivo baseado em Programação Linear Sucessiva, criado por Santos (2011), para um período de 6 anos (2012 a 2017), o qual foi marcado pela forte seca na região em que os reservatórios chegaram a um nível crítico de acumulação. Os resultados obtidos mostraram que as demandas de abastecimento urbano e irrigação foram atendidas plenamente em todos os cenários. A vazão máxima estimada para o canal de integração Acauã-Araçagi não é sustentável, pois sua demanda não foi atendida em totalidade, e sobrecarrega todo o sistema, principalmente o reservatório Acauã. Conclui-se que os cenários que propõem o transporte de parte da vazão por meio de adutora, demonstraram maior eficiência com relação a menores perdas hídricas e consequentemente menores custos, tendo uma economia da ordem de 11,1 a 16,8 milhões de reais por ano. As limitações impostas aos perímetros irrigados pela Resolução Conjunta ANA/AESA nº 87, não trouxeram êxito aos seus objetivos de diminuir o volume de água consumido, na otimização ocorreu o oposto, isto é, acarretando em maiores perdas hídricas para o sistema, custando a mais 3,1 milhões de reais ao ano. |