“A Praça é do povo como o céu é do condor”: Arborização no Recife no século XIX (1840-1880)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: HORA, Laura Patrícia Lopes da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
UFPE
Brasil
Programa de Pos Graduacao em Administracao
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/14962
Resumo: Este trabalho acadêmico analisa as dinâmicas que envolveram as iniciativas de arborização no Recife, na segunda metade do século XIX, mais apropriadamente entre 1840 e 1880, levando em consideração o projeto modernizador da época instituído pela elite e pelo poder público. Visando sua transformação em uma cidade ―moderna‖ e ―civilizada‖, essas iniciativas de arborização fazem parte de uma política urbana direcionada por um projeto de modernização de teor civilizatório, salubrista e estético. Essa política de reformulação urbana vai envolver a produção de normas e ação de agentes, em especial a Repartição de Obras Públicas (ROP) e os médicos higienistas apoiados pelo Estado, e refletiam os ideais médicos e civilizatórios europeus. Nesse contexto, propagou-se uma nova visão de mundo através da influência da medicina preventiva sobre a cidade e o indivíduo, é nessa perspectiva que a utilização da malha verde dentro dos espaços urbanos vai ganhar uma nova redefinição. Estabelecendo um lugar de importância para os espaços arborizados na organização da cidade, seja pela sua importância como instrumento regulador do espaço com o advento das reformas urbanas, seja pela própria reconciliação do homem com a natureza. É associada a essas reformas a ―ideologia de civilização‖ que construirá novos princípios para o comportamento da sociedade, realizando uma investigação acerca das condições políticas que possibilitou a difusão desse discurso e sua aceitação. Analisa-se a implantação da malha verde, situando as políticas públicas atreladas à conscientização da importância arbórea na cidade, e a importância que a árvore assume dentro da urbe. Tentando compreender e analisar seus efeitos sociais, culturais, políticos, e higienistas nesse processo de modernização. Nessa perspectiva, é descrito o contexto histórico do Recife e as condições gerais de vida da população, nesse período, abordando a construção do ―progresso‖ sob a ótica das reformas urbanas a fim de entender como ocorreu o estabelecimento das praças e jardins públicos do Recife.