Estudo sobre a Correlação entre a Ordem de Adição dos Componentes da Nutrição Parenteral e a Formação de Precipitados entre Fosfato e Cálcio

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: JESUS, Viviane Soares de
Orientador(a): SANTOS, Beate Saegesser
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/10779
Resumo: A nutrição parenteral (NP) é um suporte nutricional artificial, composta dos nutrientes necessários para manutenção normal do metabolismo. A formação de precipitados entre íons cálcio (Ca2+) e fosfato (PO4 3-) é um dos maiores problemas enfrentados na preparação de formulações para NP, pois a administração de partículas de fosfato de cálcio com tamanho superior a 5 μm, pode causar a morte dos pacientes por embolia. Vários fatores interferem na ocorrência de formação do precipitado: pH, concentração de cálcio, concentração de fósforo, fonte de cálcio, fonte de fósforo, concentração de magnésio, concentração final de aminoácidos, influência dos eletrólitos, ordem de adição, temperatura de conservação/administração e tempo de conservação. Dentre estes fatores, a ordem de adição foi escolhida para avaliação da estabilidade com relação à formação de particulados de fosfato de cálcio, pois não existe um protocolo padrão de manipulação de NP. A hipótese aqui apresentada e testada, relaciona as divergências na ordem de adição dos componentes com a estabilidade da formulação de 08 centros manipulantes do município de Recife, Pernambuco. Aplicou-se a ordem de adição informada por cada um dos centros manipulantes na preparação de três diferentes formulações parenterais neonatais 2-em-1 padronizadas sem a presença dos íons Ca2+. O Ca2+ sob a forma de gluconato de cálcio foi adicionado gradualmente nas diferentes formulações e utilizou-se a espectrometria de absorção na região UV-visível para avaliação da formação de precipitados. A partir da análise espectral o início da turvação dos sistemas foi determinada e correlacionada com a concentração relativa entre fosfato e cálcio e o pH do sistema. Os resultados mostram que existem diferenças relevantes nas ordens de adição entre os centros e também na estabilidade das formulações. Com isto, dos 08 centros pesquisados, 5 possuem ordens de adição estáveis e 3 possuem ordens de adição pouco estáveis, comportando, aproximadamente, 3 vezes menos cálcio. Também foi observada a influência do pH na formulação: quanto mais ácido o meio, menor é a formação de precipitados e mais estável é a formulação preparada. Observou-se que uma maior quantidade de aminoácido é de fundamental importância para a estabilidade da formulação final, pois estabiliza melhor a formulação. A análise de todos os resultados baseados no estudo em laboratório aponta para sugestões importantes com relação às ordens de adição, de forma a se antever as que levam a sistemas mais estáveis, e, consequentemente, mais seguros para a saúde dos pacientes.