Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
SILVA, Fernanda Dias da |
Orientador(a): |
ALMEIDA, Alexandre Oliveira de |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso embargado |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Biologia Animal
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/35814
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Resumo: |
Upogebia omissa é um camarão escavador que constrói galerias no sedimento marinho e estuarino ao longo do Atlântico Ocidental desde a Flórida até o Brasil. Na infraordem Gebiidea, as aberturas genitais (gonóporos) são localizadas nos coxopoditos do terceiro e quinto par de pereiópodos (P3 e P5) de fêmeas e machos, respectivamente. No entanto, alguns registros apontam a ocorrência de indivíduos intersexuados em U. omissa, ou seja, com gonóporos dos dois sexos simultaneamente. O objetivo desse estudo foi identificar o sistema sexual de U. omissa. Foram realizadas amostragens mensais de Agosto de 2017 a Julho de 2018 manualmente sob-rochas no substrato lamoso do entremarés da Praia do Paraíso, Cabo de Santo Agostinho, Pernambuco, Brasil. No laboratório os camarões foram anestesiados com gelo e fixados em formalina a 4%. Foi observada a presença dos gonóporos nos coxopoditos do terceiro e quinto par de pereiópodos de todos os indivíduos. A ausência/presença e morfologia do primeiro par de pleópodos foram investigadas. Foi realizada a dissecação de 100 camarões sob um microscópio estereoscópico, onde foi verificada a presença de tecido ovariano e/ou testicular e dutos genitais femininos (ovidutos) e/ou masculinos (vasos deferentes). Foi realizada a microscopia eletrônica de varredura dos gonóporos de todos os indivíduos. A análise histológica de camarões de cada forma sexual de U. omissa foi realizada. Foram observados que 45 camarões tinham gonóporos femininos e masculinos simultaneamente, todos funcionais. Esses indivíduos apresentaram variação no número de gonóporos no P3 e P5, sendo classificados em três tipos. O morfotipo A possuía o par de gonóporos do P3 e P5, o morfotipo B tinha apenas um gonóporo funcional no coxopodito do P3 e o par de gonóporos do P5 eram funcionais, já o morfotipo C tinham o par de gonóporos do P3 funcional e exibiam apenas um gonóporo funcional no P5. A ausência/presença do primeiro par de pleópodos (PL1) e análise das gônadas e ductos genitais foram utilizadas a fim de classificar o sexo dos indivíduos intersexuados. Os machos intersexuados (n=40), não possuíam o PL1 e tinham testículos e vasos deferentes. As fêmeas intersexuados (n=5) possuíam o PL1 e tinham ovários e ovidutos, no entanto, três apresentaram também um vaso deferente. Os quelípodos de U. omissa não apresentam dimorfismo sexual, no entanto as fêmeas possuem maiores tamanhos corporais e abdominais que os machos, ou seja, as fêmeas apresentaram caracteres sexuais secundários associados a incubação dos ovos. Upogebia omissa apresenta indivíduos com intersexualidade interna e externa, porém até o momento não foram encontradas evidências que relacionem esse fenômeno a existência de alguma forma de hermafroditismo na espécie. |