Tratamento da síndrome da Tensão Pré-Menstrual com vitamina B6 : resposta terapêutica e avaliação de risco da neurotoxicidade periférica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2003
Autor(a) principal: MEDEIROS, Fabíola Lys de
Orientador(a): SILVA, Wilson Farias da
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/8686
Resumo: A síndrome da tensão pré-menstrual é uma situação que atinge grande parte da população feminina. De acordo com o CID-10, requer a história de poucos sintomas físicos ou comportamentais que ocorram de forma cíclica durante a fase lútea do ciclo menstrual, desaparecendo dentro de poucos dias a partir do início da menstruação. A despeito de inúmeras drogas para o tratamento da tensão pré-menstrual, continua um desafio para a classe médica saber qual a medicação apropriada para abolir os desagradáveis sintomas dessa síndrome. A vitamina B6 vem sendo usada como uma das opções terapêuticas; porém a dose ideal ainda não foi estabelecida. Neste estudo, o objetivo foi avaliar as respostas clínicas e eletromiográficas na síndrome da tensão pré-menstrual após o uso da vitamina B6, como monoterapia. Esse estudo foi do tipo descritivo, série de casos, com uma amostra de 35 mulheres, atendidas no ambulatório de cefaléia do Hospital das Clínicas - Universidade Federal de Pernambuco, entre novembro de 2002 a maio de 2003. A resposta à vitamina B6 foi avaliada através da observação da melhora dos sintomas pesquisados como desânimo, dificuldade de concentração, depressão, ansiedade, irritabilidade, insônia, sonolência, desconforto e distensão abdominais, lombalgia, oligúria, edema das mamas, mastodínea e edema e dores em membros inferiores, os quais foram comparados mensalmente com os valores antes do tratamento, pelo teste de McNemar, durante quatro ciclos menstruais consecutivos. A satisfação das pacientes quanto a utilização da vitamina B6 foi relatada como melhora dos sintomas a partir do 2º ciclo menstrual, comprovada por estatística significativa (p &#8804; 0,05) nos 3º e 4º ciclos menstruais de tratamento. A associação da idade de início da tensão pré-menstrual e idade da menarca apresentaram diferença estatística com p < 0,001 e pela correlação de Pearson não se verificou qualquer associação. As pacientes com a cefaléia da síndrome da tensão pré-menstrual obtiveram melhora significativa após o uso da vitamina B6. Os valores da amplitude do potencial de nervo sensitivo e da velocidade de condução sensitiva surais direito e esquerdo, antes e após o uso da vitamina B6, foram avaliados quanto a neurotoxicidade periférica. Não observamos diferenças significativas nos parâmetros medidos, nenhuma das paciente apresentou alteração eletromiográfica. Concluímos que a vitamina B6 na dose de 600 mg/dia, do 14º dia ao primeiro dia do ciclo menstrual, por quatro ciclos consecutivos, é eficaz e segura no tratamento dos sintomas e sinais da síndrome da tensão pré-menstrual e não induz neuropatia periférica sendo sugerida como uma importante alternativa terapêutica para essa síndrome