Três ensaios sobre abertura comercial, localização industrial e comércio interestadual

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: FARIAS, Joedson Jales de
Orientador(a): HIDALGO, Álvaro Barrantes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Economia
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/49570
Resumo: O presente trabalho procura analisar os setores industriais mais afetados pela abertura comercial na economia brasileira. Busca-se evidências de que a abertura comercial nos anos noventa altera a estrutura da indústria. Foram calculados indicadores de comércio exterior para as regiões brasileiras, bem como para alguns setores da indústria. Procedeu-se a uma análise da localização da indústria, sobretudo os setores mais afetados. Pode-se verificar que a abertura incentiva a mudança de localização da indústria. A abertura tem favorecido certa especialização regional de alguns setores industriais obedecendo a regra de que os setores intensivos em trabalho tendem a se localizar nas regiões de maior abundância relativa de trabalho e os setores intensivos em capital localizam-se nas regiões abundantes deste fator. Foi verificado que alguns setores como vestuário, calçados têm procurado se localizar na região Nordeste ao passo que setores intensivos em capital como a indústria mecânica, diversos ramos da indústria química tendem a se concentrar nas regiões Sul e Sudeste. Apesar de passar por uma estagnação nos anos noventa verificou-se que a desconcentração da indústria no Brasil continua em marcha. A análise do comércio exterior reforça as evidências quanto à desconcentração da indústria brasileira ainda que este seja um efeito marginal. Foram encontradas evidências de mudança na estrutura do comércio exterior das regiões brasileiras, sendo que o período de alterações mais significativas ocorreu nos anos noventa. Os modelos de comércio estimados através do modelo gravitacional mostram que o efeito fronteira ainda é muito importante para o comércio das regiões brasileiras, a despeito do processo de abertura da economia nos anos noventa. A estimação modelo gravitacional considerando os estados brasileiros mais os países do Mercosul como um único mercado revelam que a formação deste bloco aumenta o comércio da região em detrimento dos demais parceiros comerciais.