Clima urbano e dengue em Recife: influência climática sobre a formação das epidemias

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: FERREIRA, Henrique dos Santos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
UFPE
Brasil
Programa de Pos Graduacao em Geografia
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/18688
Resumo: O planejamento urbano atrelado às perspectivas de desenvolvimento sustentável podem minimizar os riscos socioambientais urbanos que se consolidaram na maioria das grandes cidades brasileiras, dentre eles, os ricos à saúde. As repercussões locais das alterações climáticas observadas na atualidade têm provocado mudanças nos padrões dos elementos atmosféricos, potencializando ainda mais os riscos à saúde, especialmente a expansão e a persistência de surtos epidêmicos de arboviroses como a dengue. O objetivo deste trabalho foi analisar a relação entre a dinâmica do clima urbano e a ocorrência de surtos e formação de epidemias de dengue na cidade do Recife – PE. Foram analisadas as características do clima urbano do Recife – variáveis atmosféricas – temperaturas e umidade relativa do ar, as influencias dos elementos atmosféricos sobre a formação das epidemias e o padrão de distribuição espacial das notificações em relação à indicadores socioeconômicos e físicoambientais. Conforme resultados encontrados verificou-se que os surtos epidêmicos mais expressivos na cidade estão relacionados com as ocorrências de precipitações no primeiro semestre do ano, especialmente durante a quadra chuvosa, sendo possível a identificação de bairros mais e menos suscetíveis aos surtos da doença em períodos com condições atmosféricas favoráveis a reprodução e proliferação do mosquito vetor da dengue. As áreas de morros das zonas norte e sul apresentaram maior problemática em relação a situação da dengue no município, com persistência importante de surtos epidêmicos. A ligação entre os surtos de dengue e as condições climáticas locais, faz das condições atmosféricas um fator digno de vigilância e monitorização como parte das estratégias de combate e controle das epidemias de dengue na cidade.