Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
RAMALHO, Marclineide Nóbrega de Andrade |
Orientador(a): |
ARAÚJO, Ednaldo Cavalcante de |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso embargado |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
|
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Enfermagem
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Brasil
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/52018
|
Resumo: |
As pessoas transgênero são vítimas de preconceitos, estigmas, discriminação, bullying, entre tantas outras formas de violência social. A escola pode se configurar como um cenário de exclusão e repressão às identidades transgênero, ou um ambiente de acolhimento e de desconstrução da ordem social hegemônica. Entende-se que os professores podem contribuir com a prevenção do bullying transfóbico. As Tecnologias Educacionais, dentre elas as cartilhas, são ferramentas que podem auxiliar na capacitação de professores, além de poderem ser usadas na educação em saúde com esses atores. Objetivou-se avaliar o efeito de uma cartilha educacional sobre bullying transfóbico com orientações fundamentadas no referencial de Cultura de Paz, no preconceito à diversidade de gênero de professores do Ensino Fundamental II. Trata-se de um estudo multimétodo desenvolvido em escolas públicas municipais de João Pessoa, na Paraíba. Realizou-se em três etapas: estudo qualitativo para embasar tipo e conteúdo da tecnologia educacional; estudo metodológico com desenvolvimento de cartilha educacional sobre bullying transfóbico, validação de conteúdo com juízes especialistas e avaliação semântica com o público- alvo; e estudo quase experimental com avaliação do escore de preconceito à diversidade de gênero de professores, antes e após a intervenção com a cartilha. O estudo qualitativo evidenciou cinco categorias: “Conceito equivocado de transexualidade”; “Experiências com estudantes trans”; “Bullying transfóbico, o que faria o professor?”; “Cultura de Paz nas escolas”; e “Sugestões para tecnologia educacional”. O desenvolvimento da cartilha foi guiado por referencial para construção de Material Educativo Impresso, e as orientações para prevenção do bullying transfóbico se fundamentaram no referencial de Cultura de Paz. A primeira versão da cartilha foi analisada por 27 juízes com formação de especialistas em Diversidade Sexual e de Gênero, Cultura de Paz, ou em Material Educativo Impresso, e obteve Coeficiente de Validade de Conteúdo (CVC) de 0,972, 0,982 e 0,991 para as dimensões “Objetivos”, “Estrutura e Apresentação”, e “Relevância”, respectivamente, sendo validada na primeira rodada. A segunda versão da cartilha foi avaliada por 10 professores do Ensino Fundamental II que julgaram a cartilha quanto aos objetivos, organização, linguagem, aparência, motivação e adequação cultural, com Índice de Concordância Semântica (ICS) que variou entre 0,90 e 0,96 para cada uma das dimensões. O estudo quase experimental foi realizado com 42 professores do Ensino Fundamental II. A intervenção com a cartilha aconteceu de forma on-line ou presencial, conforme disponibilidade dos participantes. Para comparação das médias do escore de preconceito nos três momentos de aplicação da escala de preconceito contra a diversidade de gênero, utilizou-se o teste ANOVA para amostras repetidas. A média no pré-teste foi de 14,97 (±3,66) pontos; no pós-teste imediato passou a ser 14,35 (±3,25); e, no pós-teste 2, foi 13,92 (±2,68) (p=0,020). A cartilha educacional reduziu significativamente o preconceito dos professores do Ensino Fundamental II relativo à diversidade de gênero. É um recurso pedagógico inovador para capacitação de professores, podendo ser utilizada por enfermeiros e demais profissionais na Educação em Saúde com essa população. |