Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
BARBOSA, Débora Fonsêca |
Orientador(a): |
MUTZENBERG, Remo |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Sociologia
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/38754
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Resumo: |
A partir do genocídio sócio-étnico-racial e o cerceamento de direitos promovido pela guerra às drogas, que renega abordagens multidisciplinares e olhares biopsicosociais à parcela da população consumidora, comerciante e produtora das drogas consideradas ilícitas, passou-se a observar formas de resistência se estruturando na última década na Grande Recife. Algumas dessas propostas têm se materializado nas atuações de mulheres da região que, embasadas nas propostas da interseccionalidade, da Redução de Danos, do direito ao uso, à saúde e à integridade (física e mental), vêm promovendo estratégias por meio de ações coletivas para continuar a fazer seus usos, bem como para deslegitimar a lei posta, pois, embora figurem na ponta dessa cadeia, que consideram repressora, opressora e punitiva, a necessidade de se articular e se mobilizar no enfrentamento à proibição se faz latente. Assim, o presente trabalho tem por objeto localizar as lutas de mulheres integrantes da Rede Nacional de Feminista Antiproibicionistas (RENFA) no quadro discursivo dos movimentos antiproibicionistas. Mais especificamente, visa identificar o campo de disputa em que ocorre a atuação dessas mulheres a partir dos discursos hegemônicos e contra-hegemônicos que estão em confronto; apontar quais são as premissas ideológicas defendidas pelas interlocutoras; e, por fim, analisar o que representa as perspectivas das feministas antiproibicionistas para as discussões atuais sobre políticas de drogas no Brasil. À luz da pesquisa qualitativa feminista, empregou-se as técnicas da observação participante e a da coleta de depoimentos orais, a partir da aplicação de entrevistas semiestruturadas, e que foram interpretados através de uma abordagem analítica crítica do discurso. Os resultados encontrados permitem perceber que, embora com algumas referências diversas e em processo constante de reinvenção e redefinição, a perspectiva feminista antiproibicionista dispensa limitações e rigidez e traz a perspectiva de atuação em rede, onde se prioriza a colaboração horizontal com respeito aos “saberes localizados”, como propõe Donna Haraway, demonstrando, então, que dentre as múltiplas facetas assumidas pelos movimentos antiproibicionistas e seus distintos espaços de atuação social, política e científica, a ideologia feminista por elas empenhada, com notas do feminismo negro, popular e decolonial, representa uma transformação na proposta antiproibicionista como um novo paradigma para a sociedade. |