Espiritualidade, humanização e parto: estudo de métodos mistos à luz da perspectiva integral transpessoal de Ken Wilber
Ano de defesa: | 2018 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
UFPE Brasil Programa de Pos Graduacao em Educacao |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/31961 |
Resumo: | subdimensionando aspectos existenciais e espirituais do processo. Baseando-se na visão integral transpessoal de Ken Wilber, o objetivo central foi compreender a maneira como pais, mães e profissionais da assistência ao parto significam espiritualidade, em três cenários contemporâneos, com vistas a vislumbrar neste evento um processo formativo do humano, e assim defender a tese de que uma visão integral do parto e da espiritualidade pode contribuir para ampliar os processos de humanização e crescimento pessoal no ciclo gravídico-puerperal. Foi realizada pesquisa bibliográfica utilizando os descritores “espiritualidade” e “parto”; desenho paralelo-convergente de métodos mistos, mediante estudo de caso, com análise lexical via software Iramuteq (v. 0.7 alpha 2), e levantamento estatístico, com auxílio do Statistica (v. 8.0). Também, duas escalas psicométricas foram adaptadas ao Brasil: o Inventário de Expressões de Espiritualidade Revisado (ESI-R) e a Escala dos Esquemas Religiosos (RSS). No geral, as escalas demonstraram propriedades psicométricas satisfatórias, especialmente o ESI-R-Br. Quanto à pesquisa bibliográfica, os trabalhos centraram-se em metodologias interpretativas, em razão possivelmente da necessidade de questionar o modelo hegemônico de assistência ao parto; os sentidos mais frequentes do espiritual foram: nível mais elevado em qualquer linha de desenvolvimento, e uma atitude especial, como o cuidado, talvez pelo viés das profissões de saúde. Quanto aos sentidos de espiritualidade, a partir dos métodos mistos, emergiram discursos considerando o espiritual presente em todos os cenários, porém pareceram adquirir contorno mais experiencial entre os participantes do cenário domiciliar, enquanto no contexto hospitalar, o espiritual pareceu assumir um caráter mais religioso. Pais e mães pareceram compatibilizar mais as noções de fé e razão, enquanto profissionais pareceram colocá-las em planos conceituais distintos. Preparo espiritual é característico do contexto domiciliar, onde se costuma olhar o ser multidimensionalmente, enquanto no cenário hospitalar, o foco parece mesmo recair sobre a dimensão física, dada a visão predominante do humano enquanto corpo-máquina. Os aspectos de crescimento pessoal: “consciência corporal” e “compromisso com a melhoria de todos os seres” mostraram-se mais presentes entre participantes dos partos sem intervenções, possivelmente porque neles a mulher pôde desempenhar um papel mais ativo no processo. A satisfação autopercebida também se apresentou mais frequentemente dentre participantes envolvidos nos partos menos interventivos. Uma educação integral para o parto, considerando espiritualidade, mostrou-se justificada, representando contribuição ao Movimento pela humanização do parto e nascimento, e aos educadores do humano em tenra idade. Limitações principais da pesquisa ligam-se ao uso de amostras de conveniência. |