Distribuição dos copepoda harpacticoida da meiofauna em área de talude no litoral de Sergipe, Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Menor Vasconcelos, Danielle
Orientador(a): Jorge Parreira dos Santos, Paulo
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/8104
Resumo: O estudo da composição, abundância e diversidade das espécies de Copepoda Harpacticoida, em área de talude (Sergipe), foi realizado utilizando amostras meiobentônicas obtidas em triplicata, em abril de 2002 durante a Campanha Oceanográfica NE2002-C1 (projeto FADURPE/CENPES-PETROBRAS nº 50.0003502.04.2). As estações estudadas foram organizadas por: batimetria - 100m (estações 1, 2 e 3), 500m (estações 4, 5 e 6), 900m (estações 7, 8 e 9) e 1.300m (estações 10, 11 e 12); profundidades do sedimento (estratos) - 0-2 e 2-5cm; e perfis: norte (estações 1, 4, 7 e 10), centro (estações 2, 5, 8 e 11) e sul (estações 3, 6, 9 e 12). Os perfis norte e sul estão associados com feições de cânion, o que não ocorre no centro. Em campo, os animais foram armazenados em potes plásticos com formol a 10% tamponado com Bórax. Em laboratório, os Harpacticoida foram separados do intervalo de 0,044 a 0,5 mm de abertura de malha e identificados. Dados dos parâmetros ambientais (CaCO3, Matéria orgânica, porcentagem de areia, silte e argila, salinidade e temperatura) foram cedidos pela PETROBRAS. Foram identificados 164 táxons pertencentes a 101 gêneros e 28 famílias. Miraciidae foi a família mais abundante (21,4%), seguida de Ectinosomatidae (14,2%) e Cletodidae (11,5%). Estão sendo registrados pela primeira vez para o Brasil 59 gêneros de Harpacticoida e das 79 espécies identificadas mais de 90% são novas para a ciência. A densidade média dos Harpacticoida no estrato de 0-2 cm variou de 0,2 a 14,5 ind.10 cm-2 nas estações 12.2 e 6.3, respectivamente. No estrato de 2-5 cm, a densidade variou de 0,1 ind.10 cm-2 (estações 3.3, 7.3, 11.2, 12.2) a 6,1 ind.10 cm-2 (estação 6.1). Em relação à batimetria, a densidade média variou de 3 a 7,5 ind.10cm-2 nas profundidades de 1.300 e 500m respectivamente. Nos perfis estudados, a densidade variou de 3,6 (norte) a 6,5 ind.10 cm-2 (centro). Setenta e três por cento dos Harpacticoida ocorreram em estratos superficiais (0-2cm). A diversidade foi maior no centro (ausência de cânions) com média de 2,3 nat (Tukey, p=0,035) comparado com o norte (média de 1,89 nat). Assim como a diversidade, a riqueza foi maior no centro com média de 19 espécies (Tukey, p=0,018) comparada com o norte (média de 9,8). Não foram detectadas diferenças significativas na diversidade em relação à batimetria. O BIO-ENV indicou isobata (rs=0,346) como o fator que melhor explica a associação das espécies de Harpacticoida. As espécies Pseudomesochra longiseta sp. nov. e Kliopsyllus minor sp. nov. são descritas