Estudo das Atividades Anti-inflamatória e Antinociceptiva dos Derivados Indol-imidazolidínicos 5-(1H-Indol-3-il-metileno)-2-tioxo-imidazolidin-4- ona (LPSF/NN-56) e 3-(4-Bromo-benzil)-5-(1H-indol-3-il-metileno)-2- tioxo-imidazolidin-4-ona(LPSF/NN-52)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Stamford Henrique da Silva Guerra, Aline
Orientador(a): Gonçalves da Silva, Teresinha
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/9111
Resumo: A inflamação é uma resposta vital provocada por patógenos, danos físicos, isquemia, injúrias tóxicas ou auto-imunes com o objetivo de proteger o organismo. É um processo complexo, incluindo atividades de vários tipos de células e dezenas de mediadores protéicos e lipídicos. A fase inicial da inflamação inclui mudanças no fluxo sanguíneo local e acumulação de várias células inflamatórias (neutrófilos, células dendríticas, monócitos, mastócitos e linfócitos). Posteriormente, patógenos, debris celulares e células inflamatórias precisam ser removidas e a integridade e funcionamento normal do tecido restaurado. Apesar do avanço no conhecimento da fisiopatologia da inflamação, os medicamentos atuais ainda apresentam sérios efeitos adversos. Neste estudo, nos propomos a avaliar a atividade anti-inflamatória e antinociceptiva de derivados indolimidazolidínicos (LPSF/NN-52 e LPSF/NN-56) e determinar as concentrações do TNF- α e IL-1β no exsudato inflamatório de animais tratados com os compostos em estudo. Para a avaliação da atividade anti-inflamatória, foram utilizados testes da fase aguda como, bolsão de ar subcutâneo, peritonite e pleurisia induzidos por carragenina e permeabilidade vascular induzida por ácido acético. Para avaliação do efeito antinociceptivo foram realizados os ensaios da nocicepção induzida por ácido acético, formalina e placa quente. No teste do bolsão de ar os melhores resultados foram obtidos com o LPSF/NN-52 (10mg/kg) e LPSF/NN-56 (3mg/Kg) com inibição da migração leucocitária de 72 e 81%, respectivamente em relação ao grupo controle. A indometacina (10mg/kg; 87% de inibição) foi usada como fármaco de referência. Na peritonite, os compostos LPSF/NN-52 (10mg/kg) e LPSF/NN-56 (3mg/kg) inibiram a migração leucocitária em 56 e 55%, respectivamente, em relação ao controle. O fármaco padrão indometacina apresentou inibição de 58%. Em relação à avaliação das citocinas pró-inflamatórias em ambos os testes, as substâncias em estudo diminuíram a concentração de TNF-α e IL-1β. No teste da pleurisia, as substâncias também inibiram a migração leucocitária LPSF/NN-52 (49%) e LPSF/NN-56 (39%) em relação ao grupo controle, porém sua inibição foi inferior aos padrões dexametasona (71%) e indometacina (65%). Os compostos testados diminuíram a permeabilidade vascular induzida por ácido acético. Na nocicepção induzida por ácido acético, as substâncias apresentaram diminuição no número de contorções abdominais em relação ao grupo controle, onde o LPSF/NN-52 inibiu a nocicepção em 52% e LPSF/NN-56 inibiu 63%. O padrão para este teste foi o diclofenano (68%). No teste da formalina, os compostos testados apresentaram efeitos apenas na segunda fase. No teste da Placa quente nenhum dos derivados apresentou inibição da nocicepção. Desta forma, os resultados indicam que os derivados indol-imidazolidínicos testados apresentaram atividade antiinflamatória e antinociceptiva promissoras, provavelmente através da modulação do sistema imune. Sugere-se que a atividade antinociceptiva dos derivados indolimidazolidínicos seja decorrente de mecanismos periféricos, atuando apenas na dor inflamatória