Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2011 |
Autor(a) principal: |
BARROS E SILVA, Edinéa Alcântara de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/2883
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Resumo: |
Momentos de crise econômica e ambiental parecem favorecer o resgate da solidariedade e da dádiva para promover o fortalecimento de pequenas comunidades. Esta tese discute como a população de baixa renda enfrenta os problemas e dificuldades do cotidiano, encontrando na solidariedade e na dádiva recursos para lidar com amplas necessidades em face da insuficiência e da ineficácia das políticas públicas. Foram escutadas 95 pessoas líderes comunitários, moradores, parentes, conhecidos, técnicos, gestores e pedreiros de áreas pobres, por meio de entrevistas, grupos focais e relatos de história de vida. Foram investigadas também situações na produção informal de habitações em comunidades de baixa renda. A dádiva surge na vida das pessoas como um recurso real e potencial para lidar com a escassez, problemas e dificuldades cotidianas na vida nessas localidades. Essas práticas estão estruturadas na obrigação tripartite de dar-receber-retribuir, em que se fundamenta o sistema da dádiva. Os resultados revelam que manifestações de solidariedade e dádiva ocorrem de distintas formas. As motivações encontradas para ajudar ao outro podem estar associadas: i) ao contexto pessoal, aos valores morais individuais, fundados na religiosidade ou educação familiar, e à retribuição; ii) ao contexto do outro, pela relação com o outro, de parentesco, de amizade, (des)conhecidos e de compromisso com o coletivo, ou ao contexto socioeconômico do outro, por urgência e necessidades; e iii) ao contexto espacial, na provisão da casa, ou na relação de identidade e pertencimento ao lugar. No entanto, esse recurso poderoso pode ser enfraquecido e até destruído por políticas públicas inadequadas. Conhecer o fenômeno, assim como seus fatores de indução e restrição pode ajudar a fortalecer os processos orgânicos e sustentáveis, imprescindíveis para a superação das dificuldades enfrentadas pelas populações pobres para conquistar um espaço na cidade |