A razão do auto no teatro moderno de Pernambuco

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: OLIVEIRA NETO, Gilberto Clementino de
Orientador(a): VIEIRA, Anco Márcio Tenório
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Letras
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/54737
Resumo: Esta tese busca refletir sobre as razões que fizeram com que o gênero auto fosse reintroduzido no sistema literário brasileiro no século XX. Para isso, parte de uma análise de elementos formais do teatro religioso desde a Antiguidade clássica, passando pelos autos da Idade Média e por Gil Vicente, até chegar ao teatro brasileiro moderno, em que o caráter religioso é substituído por uma radical consciência da historicidade das formas artísticas. Especificamente, esta tese observa os tipos de autos historicamente mais consequentes, os autos de milagres, de mistérios e de moralidades, que foram reelaborados por uma geração notável de escritores em Pernambuco. Ainda que sua superação tenha sido dada como certa no concerto histórico dos gêneros artísticos, o gênero que aqui analisamos reconduz uma série de reflexões ao centro da discussão sobre o devir das formas literárias modernas. Interessa-nos observar como Hermilo Borba Filho, Ariano Suassuna e Osman Lins retomam, de modos específicos, essa forma dramática, ao mesmo tempo extraindo o que nessa tradição lhes interessava e nela insuflando o conteúdo de uma leitura da modernidade no Brasil.