Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
FEITOSA, Rafaela Albuquerque Valença de Araújo Ribeiro |
Orientador(a): |
MOURA, Guilherme Lima |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Administracao
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/15655
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Resumo: |
Será que existe relação entre a comunicação e o ofício do administrador? O que será que significa a linguagem para este profissional? A construção do significado do profissional da administração perpassa por essa discussão e encontra terreno fértil para ser aprofundada, já que a função primária do administrador está imbricada à comunicação, competência sem a qual o administrador teria dificuldades para exercer seu ofício. Esse entrelaçamento existente entre a comunicação e o ofício do administrador, leva-nos a questionar se a comunicação é de fato considerada relevante pelos coordenadores de curso de administração e professores da disciplina de comunicação empresarial (CE) nas instituições de ensino superior (IES). Será que a comunicação realmente importa ao administrador? Mediante esse escopo, adota-se como abordagem metodológica a análise linguística semântico-pragmática, baseada nas pressuposições e no contexto conversacional de Ducrot (1987), nas implicaturas e máximas conversacionais de Grice (1991), na teoria dos atos de fala de Austin (1990) e na teoria da preservação de face de Levinson & Brown (1978). O ponto de partida desta pesquisa é a disciplina de comunicação empresarial, uma vez que é neste espaço que a comunicação deveria começar a ser discutida na formação do administrador. Delimitado esse recorte, inicia-se o caminho com entrevistas semiestruturadas com coordenadores de curso de graduação de Administração e com professores da disciplina de comunicação empresarial em IES no Grande Recife. A análise linguística dessas entrevistas possibilitou o mapeamento de dez desimportâncias no ensino da comunicação na formação do administrador, quais sejam: A comunicação aparenta ser valorizada; A comunicação empresarial é ensinada por qualquer um; A CE serve para usos pontuais; A CE é marketing, relações públicas...; A CE é alocada em espaços menos nobres; A CE é concebida em metáforas que a empobrecem; A formação do profissional que ensina a CE interfere na maneira em que ela é lecionada; A CE é um assunto teórico/acadêmico; Os alunos não valorizam a comunicação e A CE não precisa existir como disciplina. Observa-se, nesse sentido, que essas desimportâncias reduzem a comunicação humana nas organizações a uma simples transmissão de informação, visão diretamente inspirada pela engenharia; que a linguagem é apenas um instrumento de representação do mundo e que existe um abismo entre o que se diz (a comunicação é importante) e o que se faz (a comunicação é relegada a segundo plano). |