Avaliação da toxicidade aguda, antitumoral e efeitos inibitórios da inflamação aguda do extrato etanólico das folhas de drimys brasiliensis em camundongos swiss (mus musculus)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: OSHIRO, Mariana Cardoso
Orientador(a): SOUZA, Ivone Antônia de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso embargado
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Ciencias Farmaceuticas
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/52887
Resumo: O gênero Drimys, pertencente à Família botânica Winteraceae, é amplamente reconhecido e valorizado. Suas espécies têm sido utilizadas na medicina popular para tratar diversos problemas de saúde, como dores gástricas, dor de dente e anemia. Em certas localidades, as folhas secas e as bagas dos frutos são empregadas como condimentos devido ao seu sabor apimentado. O estudo tem como objetivo avaliar o perfil fitoquímico, toxicidade aguda e as atividades anti-inflamatórias e antitumoral do extrato etanólico das folhas de Drimys brasiliensis em camundongos albinos (Mus musculus). Neste estudo, foi realizada a análise do perfil fitoquímico do extrato etanólico de folhas de D. brasiliensis por cromatografia de camada delgada e realizada a quantificação de compostos fenólicos e flavonóides. A toxicidade aguda foi avaliada utilizando o método OECD 423, administrando uma dose de 2000 mg/kg em camundongos albinos Swiss. Além disso, foi investigado a atividade anti-inflamatória por meio de modelos experimentais de edema de pata, peritonite e bolsão de ar, e realizado um ensaio antitumoral utilizando o modelo de sarcoma 180. A análise cromatográfica revelou a presença das antocianidinas, compostos fenólicos, cumarinas, derivados antracênicos, mono/sesqui/di terpenos, naftoquinonas, saponinas e triterpenos. O extrato etanólico demonstrou majoritariamente compostos fenólicos (52,30%) e flavonoides (3,55%). Também foi observado uma baixa toxicidade nos roedores, com uma DL50 superior a 2000 mg/kg. No ensaio de bolsão de ar, o extrato etanólico apresentou inibição de leucócitos (39,80%), (64,05%) e (76,91%) nas doses testadas de 50, 100 e 200 mg/kg, respectivamente. Adicionalmente, verificou-se que no ensaio de peritonite o extrato apresentou inibição de leucócitos (48,46%), (56,38%) e (77,05%) e inibição de neutrófilos (43,68%), (60,00%) e (64,21%) nas doses testadas de 50, 100 e 200 mg/kg, respectivamente. No modelo de edema de pata, as concentrações de 100 mg/kg e 200 mg/kg foram estatisticamente diferentes (p<0,05) do controle negativo. No modelo de sarcoma, a dose de 300 mg/kg resultou em uma inibição tumoral de 64,33%. O extrato etanólico obtido das folhas de D. brasiliensis evidenciou atividade anti-inflamatória principalmente nas doses de 100 e 200 mg/kg e antitumoral na dose de 300 mg/kg, as quais podem ser atribuídas à presença de marcadores sesqui-terpenos, reconhecidos por sua capacidade de exercer tais efeitos terapêuticos. Adicionalmente, o extrato revelou um teor significativo de compostos fenólicos sendo estes os compostos majoritários. Foi observada baixa toxicidade do extrato de D. brasiliensis, o que reforça a segurança no consumo das folhas corroborando com sua utilização tradicional. Em vista desses resultados promissores, é necessário realizar estudos adicionais para compreender melhor a biodisponibilidade e a farmacocinética do extrato vegetal.