Novos agentes tiazacridínicos com propriedades anticâncer

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: PITTA, Marina Galdino da Rocha
Orientador(a): LIMA, Maria do Carmo Alves de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/12531
Resumo: O câncer é uma das principais causas de morte no mundo e recebe crescentes investimentos em pesquisa oriundos dos setores público e privado. Mais da metade de todos os casos de câncer ocorrem na América do Sul e na Ásia. A busca de novos medicamentos para o tratamento do câncer tem sido intensa. O Laboratório de Planejamento e Síntese de Fármacos (LPSF) da Universidade Federal de Pernambuco tem envidado esforços em pesquisas, desenvolvimento e inovação para a concepção de novos fármacos anticâncer. Entre as classes químicas bioativas exploradas pelo LPSF estão as tiazacridinas intercaladoras de DNA, compostos resultantes da hibridização molecular dos heterocíclicos tiazolidina e acridina. Neste sentido, com a finalidade de minimizar o impacto dessa doença global, foram sintetizadas dezesseis moléculas inéditas potencialmente ativas para o tratamento do câncer. Os compostos codificados LPSF AA- 10, LPSF AA-13, LPSF AA-16, LPSF AA-17, LPSF AA-19 e LPSF AA-23 tiveram suas bioatividades avaliadas in vitro na linhagem celular maligna de Linfoma de Burkitt (RAJI) e os compostos LPSF AA-14, LPSF AA-15, LPSF AA-18 e LPSF AA-19 foram avaliados na linhagem celular maligna de Leucemia Aguda de Células T (JUKART). Para a realização das sínteses, foram aplicadas reações de N-alquilação, condensação, ciclização e adição de Michael. As moléculas obtidas foram comprovadas através de métodos espectroscópicos no infravermelho e ressonância magnética nuclear de hidrogênio. Os resultados revelam que na linhagem de células RAJI o composto LPSF AA-17 (3,4,5- OCH3) foi o mais ativo, enquanto na linhagem de céulas JUKART o LPSF AA-19 (2,4-Cl) foi o mais ativo. Em trabalhos realizados anteriormente no LPSF, tiazacridinas diferentes das apresentadas nesta tese foram testadas nas linhagens neoplásicas de células SF-295 (Sistema Nervoso Central), MDA-MB435 (melanoma) e HCT-8 (carcinoma de cólon). Os resultados revelam que os compostos LPSF AA-2 (bis-acridina), LPSF AA-3 (4-OCH3) e LPSF AA-6 (4-Br) destacaram-se entre os mais ativos da série, pois apresentaram, respectivamente, 92,4%, 86,7% e 96,6% de inibição da proliferação celular contra a linhagem HCT-8; enquanto que a doxorrubicina, fármaco de referência, apresentou 95,2% de inibição contra a mesma linhagem de células. Estes resultados confirmam a importância de derivados tiazacridínicos no combate do câncer.