Dinâmica e interações das comunidades planctônicas na Bacia Portuária do Recife (Pernambuco-Brasil)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Felipe Santiago, Marilene
Orientador(a): da Glória Gonçalves da Silva Cunha, Maria
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/8383
Resumo: O objetivo desta pesquisa foi avaliar os compartimentos e a interação da comunidade planctônica, associados aos aspectos físico-químicos da água na bacia portuária do Recife (Pernambuco, Brasil). As amostragens foram feitas em três pontos fixos em seção transversal (Ponto 1 - margem esquerda, Ponto 2 centro, Ponto 3 - margem direita) em junho de 2007 (período chuvoso) e em novembro de 2007 (período de estiagem), durante ciclos de marés semidiurnos (vazante, baixamar, enchente e preamar), na maré de sizígia. Foram analisados os parâmetros: temperatura do ar, pluviometria, insolação, evaporação, velocidade e direção do vento, profundidade, temperatura da água, salinidade, potencial hidrogeniônico (pH), material particulado em suspensão (MPS), oxigênio dissolvido na água (OD), demanda bioquímica do oxigênio (DBO) e sais nutrientes. A densidade da água, magnitude e direção das correntes de marés foram observadas a cada 3 horas na coluna de água (0,5 m abaixo da superfície, no meio e 0,5 m acima do fundo), clorofila a fracionada e o plâncton. Para coleta do plâncton foram utilizados dois tipos de amostras (rede de plâncton com 45 e 64 ���� de abertura de malha e garrafa). A transparência da água, pH, temperatura da água, OD, amônia, clorofila a fração pico-nanoplâncton e silicato apresentaram variação sazonal significativa. As séries temporais indicaram que MPS, salinidade, nitrito, fosfato, clorofila a total, transparência da água, pH, temperatura da água, OD, amônia, clorofila a fração pico-nanoplâncton foram elevados no período de estiagem e DBO, nitrato, clorofila a (total e fração microplâncton) e silicato no período chuvoso. Os nutrientes e MPS foram exportados em ambos os períodos, exceto a clorofila a (total e fracionada) que foi importada no período de estiagem. Foram identificados 127 táxons fitoplanctônicos e 56 zooplanctônicos, destacando o grupo das diatomáceas e dos copepodas, respectivamente. Foram mais representativos em riqueza e/ou abundância, frequência e/ou densidade: Plagiogramma sp., Coscinodiscus centralis, Thalassiosira sp., náuplios de Crustacea, Foraminifera, Brachionus plicatilis, Brachionus sp., Gastropoda (Trocophora e véliger) náuplios de Cirripedia, Copepoda (copepodito e adulto) e Euterpina acutifrons. A riqueza do fitoplâncton apresentou diferença significativa entre os amostradores (redes e garrafa) e menor no material coletado com garrafa, enquanto o zooplâncton não apresentou diferença significativa entre as redes. A maior riqueza do plâncton foi registrado na rede de 45 ����. O período de estiagem foi qualitativamente mais pobre e quantitativo mais rico. A composição do plâncton foi maior no período chuvoso decorrente a variabilidade hidroclimática. A disponibilidade de nutrientes determinou a produtividade do fitoplâncton e consequentemente sobre o zooplâncton, sugestionando efeito trófico em cascata ascendente (bottom-up control). Os resultados demonstraram uma área eutrófica, apresentando um padrão de circulação e processos de mistura que contribuem para a eliminação de poluentes carreados pelos rios, reduzindo o nível de eutrofização. Portanto, é imprescindível o manejo da bacia portuária do Recife e suas áreas adjacentes como subsídio à conservação da biodiversidade biológica