Algumas relações entre a gagueira e a leitura sob uma perspectiva da análise de discurso

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2003
Autor(a) principal: MENEZES, Priscilla Carla Silveira
Orientador(a): LEAL, Maria Virgínia
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/7940
Resumo: O estudo da linguagem deve estar voltado para todos os seus aspectos, inclusive o patológico (JAKOBSON, 1954). A gagueira tem sido objeto de vários estudos na Fonoaudiologia. No entanto, esses não teorizam sobre uma peculiaridade desta patologia de linguagem: sua realização ou não durante a leitura, o que constituiu o objetivo deste trabalho. Dentre a literatura divergente sobre a gagueira, embasei-me em Azevedo (2000), que a vê como um problema discursivo, e em uma de suas aproximações teóricas à Lingüística: a Análise de Discurso de linha francesa, permitindo, assim, a constituição de um corpus que não é tradicionalmente usada nesta perspectiva (POSSENTI, 1996) - a linguagem patológica. A partir da análise dos discursos de 6 sujeitos com gagueira, verificou-se uma possibilidade de origem desta patologia na leitura e o que a determina nesta modalidade. Concluo, principalmente, que a identidade de leitor gago, formada nas primeiras experiências de leitura da criança, é determinada pelo discurso autoritário pedagógico ou familiar que nega e exige deste sujeito o ler bem (ideologicamente marcado), fazendo com que, em determinadas práticas de leitura, assuma e interprete, para si e para o outro, respectivamente, a posição discursiva já localizada historicamente e mantida por um saber que antecipa