Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
ALBUQUERQUE, Janaina Vital de |
Orientador(a): |
RODRIGUES, Gilberto Gonçalves |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso embargado |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Desenvolvimento e Meio Ambiente
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/50330
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Resumo: |
Os transtornos de ansiedade sem identificação e tratamento adequado acabam desencadeando comportamentos que afetam o cotidiano. O tratamento, em alguns casos, pode ser encontrado na natureza com uso de plantas medicinais que possuem princípios ativos que atuam em diferentes regiões do sistema nervoso central. Os profissionais de base da atenção em saúde se destacam como grupo de maior vulnerabilidade para o desenvolvimento de transtornos mentais relacionados ao trabalho, principalmente os que possuem contato constante com o mesmo paciente. A pesquisa teve como objetivos relacionar o uso de plantas para mitigar os sintomas da ansiedade utilizadas por profissionais de saúde a partir dos conhecimentos, práticas e formas de uso, identificando as aplicações fitoterápicas das espécies listadas. Caracterizou-se como um estudo transversal, multidisciplinar, de abordagem quantiqualitativa do tipo CAP (Conhecimento, Atitude e Prática) com aplicação de questionário e entrevistas semiestruturadas. Para a revisão integrativa da literatura utilizou-se as bases de dados Science direct, Portal Regional da BVS, PubMed.gov e Springer Link, usando os descritores (Medicinal plants) AND (Anxiety) AND (Symptoms) AND (Public health) AND (Biodiversity). Obteve-se um universo de 163 espécies de plantas comprovadamente utilizadas com ação medicinal ansiolítica. As espécies foram categorizadas pelo tipo de ação encontrada, considerando os critérios do Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders-V (DSM- V). O estudo foi realizado na Região Metropolitana do Recife (RMR), no estado de Pernambuco sendo escolhida por receber pacientes de todos os Municípios e Estados vizinhos nos Hospitais de Urgencia, Emergência e serviços especializados em saúde. Os participantes do estudo são profissionais de saúde atuantes no Sistema Único de Saúde (SUS), bem como os acompanhantes de pacientes hospitalares regularmente credenciados de cooperativas de cuidadores. Foi utilizada a amostragem não probabilística linear por bola de neve onde o processo de criação de uma amostra se fundamenta em usar a rede social dos indivíduos iniciais para ter acesso ao coletivo em pesquisas com grupos de difícil acesso. Foi realizada entrevista individual e semiestruturada com 32 profissionais de saúde. As entrevistas foram gravadas não sendo estipulada uma quantidade de minutos. Os entrevistados responderam ao inventário de ansiedade (BAI) de Beck com finalidade de determinar o nível de ansiedade. Foram considerados na pesquisa o nível de ansiedade, os sintomas e os parâmetros de tomada de decisão no uso de fitoterápicos, o uso de psicoativos por indicação médica. Os sintomas mais evidenciados foram nervosismo, insônia e agitação. Para a análise das falas foi utilizado o programa Iramuteq utilizando os métodos Reinert, a análise de similitude e frequência de termos expressos pelos informantes. Utilizando a técnica dos discursos do Sujeito coletivo (DSC) evidenciou-se que o consumo de alopatias ainda é bastante recorrente para mitigar sintomas mais específicos e rotineiros. A gravidade dos sintomas de ansiedade e estresse observados nos profissionais de saúde revelam o quão desafiador tem sido o contexto pandêmico, contribuindo para a doença mental desses indivíduos. As plantas, conhecidas popularmente como Camomila, Hortelã, Mulungu, Gengibre, Lavanda, Alecrim e Valeriana foram as mais citadas nas falas dos entrevistados para uso diário para mitigar sintomas mais leves. As espécies que possuem múltiplos usos podem ser usadas de forma a mitigar vários desses sintomas. Em conclusão, esses resultados reforçam o potencial uso dessas espécies na terapia de ansiedade. O uso de plantas sem indicação médica ainda é o mais recorrente, entretanto alguns profissionais relataram acompanhamento médico homeopata e fitoterapeuta. |