Interface entre os saberes populares e científicos sobre plantas medicinais: perspectiva da autonomia do cuidado em saúde

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Vargas, Emília Cristina de Aguiar
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/3199
Resumo: O estudo enfoca o saber e o uso de plantas medicinais em um grupo de usuários de uma unidade de saúde, considerando a autonomia do cuidado na perspectiva da enfermagem assistencial. Objetivo: conhecer os saberes dos clientes quanto ao uso de plantas medicinais para lançar mão de uma tecnologia educacional, para autonomia do cuidado em saúde no uso de práticas populares. Método: realizada pesquisa qualitativa de caráter descritivo e exploratório, em unidade pré-hospitalar do município de Campos dos Goytacazes/RJ. O instrumento utilizado foi um formulário semiestruturado, aplicado a dez usuários da referida unidade e em paralelo foram realizadas três dinâmicas de grupo com a participação de oito pessoas. Resultados: foram construídas as seguintes categorias: patrimônio cultural; a importância dada à terapia com plantas medicinais; e o acesso às terapias com plantas medicinais nos serviços de saúde. A maioria dos entrevistados tem descendência étnica negra, indígena e branca o que reforça a herança genética cultural. Todos os entrevistados conhecem algum tipo de planta medicinal e já fazem uso; a maioria aprendeu sobre as plantas medicinais com familiares, principalmente com a mãe e a avó. As indicações mais frequentes são para alívio de transtornos digestivos, do sistema nervoso e do climatério. As mais citadas foram Erva-cidreira, Tanchagem, Arnica, Amoreira, Saião e Babosa. A maioria dos participantes valoriza esse conhecimento e essa forma de tratamento, considerando importante a inserção dela como uma opção de cuidado nos serviços de saúde pública, já que se trata de uma herança cultural; todos informaram nunca terem tido acesso a esse cuidado de saúde nas unidades públicas municipais. Conclusão: o uso de plantas medicinais é consequente de um conhecimento natural, passado através de gerações no núcleo familiar. O fato dessas práticas complementares já estarem inseridas no cotidiano faz desse conhecimento algo importante para o enfermeiro e demais profissionais de saúde, pois assim podem prestar uma assistência mais adequada às características e necessidades da clientela, gerando o enlace entre o conhecimento popular e o científico. Produto: formação de um grupo de estudos e práticas complementares com plantas medicinais voltados para autonomia do cuidado em saúde