Influência do valor do VEF1 basal no diagnóstico do broncoespasmo induzido por exercício em crianças e adolescentes asmáticos
Ano de defesa: | 2023 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
UFPE Brasil Programa de Pos Graduacao em Saude da Crianca e do Adolescente |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/54999 |
Resumo: | INTRODUÇÃO: Asma é uma doença crônica que afeta mais de 300 milhões de pessoas em todo o mundo. Aproximadamente 50% das crianças e adolescentes com diagnóstico de asma apresentam broncoespasmo induzido por exercício (BIE), desencadeado pela desidratação do epitélio consequente à hiperventilação e liberação de mediadores celulares. O diagnóstico do BIE deve ser feito de forma objetiva e necessita de testes de broncoprovocação com medidas do volume expiratório forçado no primeiro segundo (VEF1) antes e em intervalos específicos após a provocação, sendo considerado resposta compatível com diagnóstico de BIE a redução >10% no VEF1 após o estímulo em relação ao valor basal. Tanto a corrida em esteira como a hiperventilação voluntária eucápnica (HVE) são considerados estímulos válidos para teste de provocação para diagnóstico de BIE. É controverso na literatura a influência do valor do VEF1 basal na resposta ao teste diagnóstico para BIE e na intensidade dessa resposta. OBJETIVOS: Avaliar a associação entre o valor basal do VEF1 e o diagnóstico de BIE em crianças e adolescentes asmáticos. METODOLOGIA: Estudo transversal com análise de banco de dados de pacientes submetidos a teste de broncoprovocação por corrida em esteira ou hiperventilação voluntária eucápnica para investigação de broncoespasmo induzido por exercício entre os anos de 2010 e 2020 nos Serviços de Pneumologia e de Alergia e Imunologia do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) em Recife-PE, Brasil. RESULTADOS: Ao analisar os dados de 352 crianças e adolescentes (156 submetidos a teste de esteira e 196 submetidos a HVE) não encontramos associação entre o valor do VEF1 basal categorizado em quartis e o diagnóstico de BIE. No entanto no grupo submetido à corrida em esteira, na análise multivariada comparando o primeiro e o último quartil verificamos maior probabilidade de BIE nos indivíduos com valores menores de VEF1 basal (OR 3,99 IC 95% 1,34-11,91) assim como com a gravidade da asma (OR 2,68 IC95% 1,14 – 6,27). Já nos pacientes que realizaram HVE, nenhuma variável foi capaz de prever o BIE. CONCLUSÃO: Não há como estimar a probabilidade de BIE a partir do valor do VEF1 basal. |