Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
MEDEIROS, Alisson Diego Dias de |
Orientador(a): |
DE NARDI, Fabiele Stockmans |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Letras
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/39029
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Resumo: |
Este trabalho busca trazer algumas contribuições acerca do discurso sobre a mulher a partir do olhar da Análise do Discurso pecheutiana. Buscamos analisar a filiação ideológica dos Organismos Governamentais de Políticas para as Mulheres (OPM) da Região Nordeste a partir de suas publicações no Facebook sobre violência contra a mulher, bem como observar os efeitos de sentidos produzidos por essas publicações quanto ao que é ser mulher. Além disso, visamos, ainda, analisar a orientação interlocutiva das postagens, bem como a (des)identificação dos usuários da rede social com o discurso sobre a mulher sustentado pelas publicações. Para tanto, lançaremos mão de autores como Djamila Ribeiro e Foucault, para discutirmos nosso lugar de fala, e de outros, como Michel Pêcheux, Louis Althusser, Freda Indursky, Eni Puccinelli Orlandi, para nos dar uma base teórica para sustentar nossos caminhos de análise, bem como Bell Hooks, Silvia Federici, Angela Davis, Heleieth Saffioti, para nos auxiliar nos conceitos relacionados à mulher e ao patriarcado. Sendo assim, apontaremos quais os percursos tomados por esta pesquisa. Assim, falaremos acerca do funcionamento do patriarcado e dos movimentos feministas de resistência. Como objeto da nossa pesquisa, elegemos as publicações no Facebook dos Organismos Governamentais de Políticas para as Mulheres (OPM) sobre violência contra a mulher e constituímos o corpus com 255 publicações sobre essa temática. No aspecto teórico, discutimos conceitos como Formação discursiva, Ideologia, Aparelhos Ideológicos do Estado, dentre outros. O corpus nos levou, em um processo sinuoso, a perceber que a ideologia patriarcal funciona de modo a se impor como dominante na nossa formação social, orientando, portanto, os saberes sobre a mulher nos inúmeros espaços sociais. Desse modo, a pesquisa apontou que as publicações dos OPM em análise sugerem uma filiação deles a uma Formação Discursiva (FD) Patriarcal, que discursiviza a mulher, ora a responsabilizando, ora naturalizando a violência contra ela. Vale dizer, por fim, que essa FD Patriarcal encontra resistência em seu interior, como é próprio da heterogeneidade de toda Formação Discursiva, mas, no corpus, o que continua gritando, o que continua sendo dominante são os saberes do patriarcado. Este trabalho trata, assim, da voz que grita, que silencia, mas também da voz que, em um lugar de resistência, insiste em se fazer ouvir. |