Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2010 |
Autor(a) principal: |
Silva, Zuleide Paiva da |
Orientador(a): |
Sardenberg, Cecília Maria Bacellar |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/6301
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Resumo: |
Este estudo, de natureza interdisciplinar, construído à luz das teorias feministas e lésbicas, tem o propósito maior de visibilizar, mensurar e analisar, a violência contra as mulheres produzida e denunciada em Conceição do Coité -BA, no período de 1980 a 1998. O fenômeno analisado, compreendido como uma violação aos direitos humanos, tem sido reconhecido em muitos países como um grave problema de saúde pública, uma epidemia que contamina a sociedade e mata, a cada dia, mais e mais mulheres em função do seu sexo. Diante do cenário contínuo de violência, muitos estudos de natureza acadêmica têm surgido sobre a temática. Porém, na Bahia, estes estudos estão circunscritos à capital do Estado, fato que evidencia a relevância do estudo, que para alcançar o objetivo proposto, apreende um conjunto de fontes, primárias manuscritas e impressas, memorialistas, trabalhos acadêmicos, fontes orais e bibliografia, compreendidas não como uma prova, mas como um discurso. Reconhecendo a importância do espaço na construção do fenômeno, o estudo busca na interseccionalidade das categorias de análise a melhor estratégia para adentrar os caminhos e os descaminhos do sertão, em busca de vestígios de mulheres em situação de violência. O resultado obtido, que apreende uma profusão de números e imagens discursivamente construídas, evidencia Conceição do Coité como uma prática social, dialética, um cenário das relações humanas, um lugar de violências produzidas sob a égide do patriarcado coronelista. Evidencia ainda o poder masculino e a violência contra a mulher, em suas múltiplas manifestações, como é um fenômeno universal, produto das relações patriarcais de gênero, conferindo-lhe estatuto de problema social, cultural e político, que diz respeito a toda a sociedade. |