Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2007 |
Autor(a) principal: |
Queiroz, Carlos Eduardo Japiassú de |
Orientador(a): |
Cordiviola, Alfredo Adolfo |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/7478
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Resumo: |
Este trabalho tem como objetivo a análise da obra São Bernardo, de Graciliano Ramos. Qualificaríamos nosso projeto analítico, de antemão designado como uma leitura interpretativa, como pertencente ao âmbito de uma transdiciplinaridade, notadamente aos campos disciplinares da teoria da literatura e da filosofia. Divide-se em duas partes marcadamente distintas: a primeira, denominada de Teoria (Idéias) , tem como visada um continente teórico cujas idéias servirão de base para o conteúdo disposto na segunda parte. Podemos, assim, afirmar que a Parte I atuará como norte epistemológico, justificando o propugnado na parte II; esta última denominada de Leitura (imagens) . Neste sentido, a proposta teórico-filosófica do trabalho tem três eixos centrais. O primeiro, discorrido no Capítulo 1 da primeira parte, centra-se numa fenomenologia da percepção, tendo como principal suporte bibliográfico o livro do filósofo Maurice Merleau-Ponty, Fenomenologia da Percepção; neste, postulamos a percepção como um primeiro fundamento de uma estética receptiva, No segundo eixo estabelece-se a memória como o outro central fundamento que posicionará o sujeito intérprete no processo, postulado por nós como fenomênico , de uma leitura. Estes dois fundamentos irão compor com um terceiro, a saber, a concepção hermenêutica de uma estética receptiva tal como pensada pelo teórico literário Wofgang Iser. O terceiro capítulo da parte I vai, deste modo, estruturar-se como hipótese interpretativa que irá amparar a leitura-escritura de toda segunda parte. E´, portanto, nesta última, que realizamos a análise do romance São Bernardo. Devemos então afirmar que a investigação do livro, enquanto projeto e ambição metodológica, assume um paradigma estético-fenomenológico que se justifica nos fundamentos teóricos suprareferidos. O livro é, assim, perspectivado capítulo a capítulo, formando um percurso no qual o leitor-intérprete focará compreensivamente as idéias e imagens que tomam, e tomaram, relevo durante a leitura. Atribuindo-se e descobrindo-se significado àquelas passagens que, imantadas por um sentido de valor, sobressaíram, predominantes, à consciência-espírito. A análise do romance in(surge)-se, pois, como troca estética: o leitor-intérprete ao tempo em que se ilumina por ela, clareia e motiva o texto lido |