Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
BEZERRA, Rodrigo |
Orientador(a): |
ALBUQUERQUE, Jones Oliveira de |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Biologia Aplicada a Saude
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/44446
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Resumo: |
Os primeiros relatos indicam que a Lesão Renal Aguda (LRA) é comum durante a infecção por COVID-19. Diferentes taxas de mortalidade de LRA por SARS-CoV-2 têm sido relatadas, com base no grau de disfunção orgânica e variando de hospitais públicos a privados. No entanto, faltam dados sobre LRA em pacientes gravemente enfermos com COVID-19. Realizamos um estudo de coorte multicêntrico com 424 adultos gravemente enfermos com síndrome respiratória aguda grave (SRAG) e LRA, ambas associadas à SARS-CoV-2, internados em seis UTIs públicas no Brasil. Usamos regressão logística multivariável para identificar os fatores de risco para gravidade da LRA e mortalidade intra-hospitalar. Evidenciamos uma média de idade de 66,42 ± 13,79 anos, 90,3% estavam em ventilação mecânica (VM), 76,6% estavam no estágio 3 do KDIGO e 79% realizavam hemodiálise. A mortalidade geral foi de 90,1%. Encontramos maior frequência de diálise (82,7% versus 45,2%), VM (95% versus 47,6%), vasopressores (81,2% versus 35,7%) (p < 0,001) e LRA grave (79,3% versus 52,4%; p = 0,002) em não sobreviventes. VM, vasopressores, diálise, LRA associada à sepse e óbito (p < 0,001) foram mais frequentes no KDIGO 3. A regressão logística para óbito demonstrou associação com VM (OR = 8,44; IC 3,43–20,74) e vasopressores (OR = 2,93; IC 1,28–6,71; p < 0,001). LRA grave e necessidade de diálise não foram fatores de risco independentes para óbito. VM (OR = 2,60; IC 1,23–5,45) e vasopressores (OR = 1,95; IC 1,12– 3,99) também foram fatores de risco independentes para KDIGO 3 (p < 0,001). Concluímos que pacientes criticamente enfermos com SRAG e LRA por COVID-19 tiveram alta mortalidade nesta coorte. A mortalidade foi amplamente determinada pela necessidade de ventilação mecânica e vasopressores, e não pela gravidade da LRA. |