Coleópteros associados a flores e inflorescências de Annonaceae e Araceae na Região da Floresta Atlântica em Pernambuco

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2006
Autor(a) principal: MAIA, Artur Campos Dália
Orientador(a): SCHLINDWEIN, Clemens Peter
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/656
Resumo: Foi abordada a biologia da polinização de aráceas cantarófilas nativas do estado de Pernambuco e a polinização natural da gravioleira (Annona muricata L., Annonaceae), uma frutífera largamente cultivada no estado. As áreas de estudo foram a Reserva Ecológica da Mata da Usina São José (município de Igarassu), a Estação Experimental de Itapirema (município de Goiana) e um terreno abandonado na estrada de Aldeia (município de Camaragibe). Foram encontradas três espécies cantarófilas de Araceae: Philodendron acutatum, Caladium bicolor e Taccarum ulei. Besouros do gênero Cyclocephala (Scarabaeidae, Dynastinae) foram os polinizadores exclusivos das três plantas. Os insetos apresentaram hábito crepuscular-noturno, intimamente relacionado as fases da antese. Entre as adaptações mais marcantes das inflorescências estão a emissão de odores atrativos, arcabouço floral robusto e ofertas de alimento, na forma de tecidos nutritivos e pólen. Outro destaque foi a termogênese floral, um mecanismo metabólico de aquecimento do espádice que facilita a volatização dos aromas atrativos e oferece abrigo aquecido aos besouros dentro das câmaras florais. Este aquecimento marca o início da fase feminina, que culmina em temperaturas do espádice até 14ºC acima das do ar ambiente. A. muricata também foi polinizada por uma espécie de Cyclocephala (C. vestita) e mostrou adaptações semelhantes às aráceas. Manutenção de adultos de C. vestita em cativeiro resultou na obtenção de larvas viáveis de primeiro ínstar, o que leva a crer que estratégias de manejo do polinizador são promissoras