Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2011 |
Autor(a) principal: |
Cesar Macario de Medeiros, Julio |
Orientador(a): |
Isabel Patricio de Carvalho Pedrosa, Maria |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/8047
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Resumo: |
Vários estudos que tratam do desenvolvimento da criança apontam caminhos que crianças ouvintes percorrem antes mesmo de poderem se valer de um idioma no sentido de efetivarem uma comunicação com o outro. Há também um contingente de pesquisas que relatam investigações desse processo especificamente em crianças surdas, mas em interações com parceiros adultos e não com pares de idade. Cinco crianças surdas em fase inicial de aprendizagem de um idioma (Língua Brasileira de Sinais LIBRAS), em situação de brincadeira livre foram observadas e, por meio da análise microgenética, as sessões videogravadas foram examinadas repetidas vezes, atentando-se para os possíveis eventos de interação social. Consideraram-se eventos interacionais uma sequência delimitada de videogravação na qual se pode inferir regulação de um parceiro pelo outro a partir de comportamentos observáveis como ações coordenadas cooperativas, negociação pela posse de objetos, disputa de papéis, tentativas de transmissão de regras, etc. Tais eventos, ou episódios, foram recortados, descritos e analisados qualitativamente. Na comparação entre os dados obtidos neste estudo com os de pesquisas conduzidas com crianças ouvintes e surdas, descritos na literatura especializada em desenvolvimento infantil, foram notadas algumas semelhanças entre infantes surdos e ouvintes em termos de recursos ontogenéticos para se comunicarem, a despeito de diferenças em relação à estratégia de aproximação ao outro. Argumenta-se que essas semelhanças estão relacionadas com a capacidade de a espécie humana identificar-se com o seu coespecífico e constituir-se em relações interpessoais. A facilidade ou dificuldade de comunicação marca diferenças de estilos de interação, também relatadas na literatura, entre parceiros surdos e ouvintes. Defende-se a ideia de que crianças surdas e ouvintes compartilham uma linguagem comum, fundamentada em expressões emocionais que, interpretadas, são recursos comunicativos os mais primitivos de que o humano dispõe ontogeneticamente |