Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
FRANÇA FILHO, José Carlos de |
Orientador(a): |
BRANDÃO, Ana Carolina Perrusi Alves |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Educacao
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/16774
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Resumo: |
Este estudo teve como objetivo discutir as relações entre a apropriação do conhecimento acerca da consciência fonológica (CF) por professoras alfabetizadoras e o trabalho de reflexão fonológica desenvolvido por elas em sala de aula. Buscamos, então, numa primeira etapa, identificar, através de entrevistas individuais, o que professoras alfabetizadoras demonstravam saber sobre esse tópico. Numa segunda etapa, observamos práticas de duas alfabetizadoras para identificar se realizavam e como realizavam o trabalho de reflexão fonológica com seu grupo de crianças. Para o desenvolvimento da investigação, apoiamo-nos em estudos sobre a CF que destacam os seguintes aspectos: conceito; relevância para o processo de alfabetização; quando iniciar o trabalho pedagógico para o desenvolvimento de habilidades fonológicas e atividades didáticas envolvendo tais habilidades. Baseamo-nos, também, em estudos que discutem os saberes e as práticas docentes. As dez professoras participantes da primeira fase da pesquisa lecionavam no 1º ano do ensino fundamental de escolas públicas da rede municipal de ensino do Recife. Desse grupo inicial, duas docentes participaram da segunda fase em que realizamos a observação de 10 dias de aulas nas suas respectivas turmas. Tanto no tratamento das entrevistas quanto na exploração das observações, lançamos mão das etapas de análise de conteúdo. A partir de então, buscamos investigar as relações entre o que as professoras demonstraram saber sobre a CF nas entrevistas e o trabalho realizado com as habilidades fonológicas em sala de aula. Os resultados mostraram que, em geral, as professoras têm noções importantes a respeito da CF, mas, por outro lado, apresentam dificuldade de fundamentar claramente tais noções. Dessa forma, os conhecimentos revelados sobre a CF são, geralmente, genéricos ou um tanto vagos. As duas professoras que participaram da segunda etapa da pesquisa apresentaram perfis de saber sobre a CF muito próximos, o que gerou a expectativa de que suas práticas de reflexão fonológica também seriam semelhantes. Tal expectativa, entretanto, não se concretizou. Enquanto uma das professoras desenvolveu um trabalho de reflexão fonológica de forma intensa e diversificada, tomando a maior parte da jornada diária de aula; focado, quase sempre, em um dos segmentos sonoros da palavra e mobilizando diversas operações cognitivas dos seus alunos; a outra docente realizou poucos momentos de reflexão fonológica com seu grupo, além de um trabalho pouco diversificado e menos dirigido para segmentos sonoros específicos. Constatamos, então, que, diferentemente da aproximação que ocorreu na expressão dos saberes durante as entrevistas, as práticas observadas das duas professoras se mostraram bem distintas. Nesse contexto, concluímos que, de fato, a prática (docente) não resulta, simplesmente, da transposição literal de uma teoria/de um conhecimento, pois há fatores contingenciais que são igualmente constituintes desta prática. Foi possível concluir, ainda, que, além do saber teórico, parece existir um saber prático que se desenvolve na sala de aula e que também direciona as ações pedagógicas das professoras. |