Clarice Lispector da literatura para o cinema: adaptação, narrativa e crítica social em A Hora da Estrela

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: BARRETTO, Anderson Gomes Paes
Orientador(a): FIGUEIREDO, Carolina Dantas de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Comunicacao
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/25678
Resumo: Clarice Lispector é uma escritora revisitada na literatura e em outras linguagens, tendo o cinema como uma das mais expressivas, com destaque para a obra A Hora da Estrela, escrita em 1977 e adaptada para o cinema em 1985 por Suzana Amaral. Algumas questões emergiram diante desses objetos e para subsidiar a discussão foram utilizados estudos de adaptação, análise fílmica, teoria literária, do cinema, estética, narrativa e realismo, numa aproximação metodológica da proposta desenvolvida por Browne (2004) de análise fílmica, em que a narrativa é compreendida a partir das imagens construídas por uma câmera que traduz uma preocupação baseada na construção de significado pelo espectador. Entre as conclusões encontradas está o entendimento de autoria no cinema como algo que, tal como na literatura, não se restringe a um único ser, mas que é determinado, no caso, pela recorrência de escolhas estéticas, narrativas e estilísticas. Além disso, adaptação não é nada menos do que um profundo e complexo trabalho criativo que, no caso do corpus analisado, permite o deslocamento da posição do leitor/espectador não só para o mundo diegético dos personagens, mas para a representação de uma realidade evidenciada pela crítica social presente tanto no filme quanto no livro adaptado.