Plantas medicinais da Caatinga e Floresta Atlântica nordestina: aspectos químicos, ecológicos e culturais

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: de Fátima Castelo Branco Rangel de Almeida, Cecilia
Orientador(a): Paulino de Albuquerque, Ulysses
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/2869
Resumo: Este trabalho teve como objetivo analisar as formas de abordagem na seleção de plantas medicinais, em comunidades tradicionais, para isso usou como modelo a Hipótese da aparência, interpretando que tipo de influência, quanto ao seu hábito e estratégia de vida, será determinantes na constituição dos compostos bioativos nas espécies vegetais de ambiente secos (Caatinga) e ambientes úmidos (Floresta Atlântica). Usou-se a etnobotânica como ferramenta de seleção das espécies a serem estudadas, contemplando três vertentes: apresentar de forma geral a importância das espécies nativas e exóticas conhecidas como medicinais em Cachoeira, Barrocas e Bom Sucesso, no município de Soledade/PB, onde estão inseridas em região de vegetação do tipo Caatinga; testar as predições da Hipótese da aparência em dois diferentes ambientes, para entender se o hábito e estratégia de vida são preditores das ocorrências de fitocompostos, além de questionar se a Importância Relativa pode estar envolvida com o seu hábito, estratégia de vida e composição química; comparar o potencial da atividade antimicrobiana dos extratos brutos de espécies citadas nas comunidades estudadas, para avaliar quais das duas regiões apresentam melhor potencial para a descoberta de plantas com propriedades antimicrobianas. O presente estudo foi realizado em dois municípios, no Nordeste brasileiro, para abranger duas diferentes áreas vegetacionais: Caatinga e Floresta Atlântica. Na Caatinga, o estudo foi realizado no município de Soledade localizado na Microrregião de Soledade e na Mesorregião do Agreste no estado da Paraíba. Devido ao clima quente e seco, sua vegetação é formada por florestas espinhosa e caducifólia, apresentando estrato arbustivo dominante e poucos indivíduos arbóreos. Na Floresta Atlântica, o município estudado foi Igarassu, localizado na Microrregião de Itamaracá e na Mesorregião do Recife, no estado de Pernambuco. A vegetação predominante é de resquícios de Mata Atlântica, Capoeiras, Mangues e áreas de agricultura comercial e subsistência. Com base no que foi exposto, é possível inferir algumas observações, as quais se correlacionam estreitamente. Onde os achados sinalizam algumas implicações, com padrões para a bioprospecção nas diferentes regiões estudadas, mesmo não havendo resultados estatísticos significativamente. Espécies de porte arbóreo em especial de regiões semi-árida tendem a apresentar forte vocação para acumular compostos considerados como quantitativos, sendo então mais provável encontrar plantas medicinais com atividade biológica ligada a esses compostos e, espécies de regiões úmidas, são as espécies herbáceas que apresentam maior importância e tendem a ocorrência na maioria dos casos de compostos qualitativos. Possivelmente, devido às espécies de Caatinga apresentar um padrão de compostos quantitativos, tais como, taninos e saponinas, suas espécies tenderam a melhores inibições e maiores versatilidades de microrganismos sensíveis. Neste sentido, a Caatinga pode ser um ambiente promissor em estudos de bioprospecção para compostos antimicrobianos. Mas, deixando claro que esses padrões devem ser melhor investigados