Etnobotânica nordestina : estratégia de vida e composição química como preditores do uso de plantas medicinais por comunidades locais na caatinga

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2004
Autor(a) principal: de Fátima Castelo Branco Rangel de Almeida, Cecilia
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/832
Resumo: As informações atualmente disponíveis evidenciam o papel da forma de vida das plantas e da bioquímica ecológica sobre o uso e conhecimento local de recursos medicinais. Com isso, realizou-se um estudo de etnobotânica associado a uma abordagem fitoquímica da flora medicinal da caatinga usada popularmente em comunidades inseridas na região de Xingó (Nordeste do Brasil), enfocando a explicação da seleção e uso de plantas medicinais. Inicialmente foi realizado um estudo etnobotânico para o levantamento das plantas medicinais utilizadas na região, com base em entrevistas com 339 pessoas empregando-se questionários padronizados. Para eliminar o efeito da interferência cultural não foram consideradas as plantas exóticas intencionalmente cultivadas, o que resultou na seleção de 41 espécies. Em campo, foram obtidas informações referentes aos tipos de estratégias de vida e hábito para cada espécie, bem como coletadas as partes do vegetal indicadas para uso medicinal. Realizou-se um estudo fitoquímico de cinco classes de compostos químicos nas espécies selecionadas. Verificou-se a existência da relação entre o número de espécies com resultados positivos para cada uma classes de compostos químicos e a estratégia de vida e hábito. Adicionalmente, empregou-se o teste de Kruskal-Wallis para examinar se a importância relativa local das espécies está associada com a estratégia de vida, hábito e composição química. Foram encontradas diferenças significativas no número de ocorrências positivas para cada uma das classes de compostos em relação às estratégias de vida e hábito. As plantas estrategistas K apresentaram maior número de ocorrências do que as estrategistas r. De um modo geral, as árvores foram mais diversificadas quanto à presença das classes de compostos pesquisadas do que as ervas e arbustos. Considerando os aspectos acima, é provável que a seleção de uma farmacopéia tradicional baseada em plantas da vegetação nativa, seja influenciada por aspectos ecogeográficos