Estudos taxonômicos em Olacaceae s.l. no Brasil, com ênfase nos gêneros Cathedra Miers. e Heisteria Jacq

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: LUCENA, Danielly da Silva
Orientador(a): ALVES, Marccus Vinícius da Silva
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso embargado
Idioma: eng
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Biologia Vegetal
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/41299
Resumo: Olacaceae R.Br., em sua classificação tradicional (exceto Schoepfia Schreb [Schoepfiaceae]) é constituída por 29 gêneros e cerca de 170 espécies, distribuídas nos trópicos e subtrópicos. São árvores, arbustos ou lianas, que se caracterizam pelas folhas simples, alternas, margem inteira, inflorescência axilar, ovário súpero, cálice frequentemente acrescente nos frutos e apenas uma semente. A principal referência para Olacaceae no Brasil é a flora Neotrópica, contudo algumas questões precisam ser melhor elucidadas na família, especialmente em relação às descrições, chaves de identificação, informações acerca da distribuição geográfica, do habitat e conservação das espécies, bem como nomenclaturais. Nesse contexto, o principal objetivo deste trabalho é realizar estudos taxonômicos para a família Olacaceae no Brasil, com ênfase nos gêneros Cathedra Miers. e Heisteria Jacq.. Para isso, 63 coleções foram analisadas de forma física e/ou virtual e, visitas a 16 áreas para coleta de material botânico foram realizadas nos domínios fitogeográficos do Cerrado (5 áreas) e Mata Atlântica (11 áreas). Os resultados obtidos foram sumarizados em quatro artigos, divididos em três capítulos. O primeiro capítulo traz uma abordagem taxonômica para Olacaceae e Schoepfiaceae, na porção oriental do nordeste brasileiro, com objetivo de elucidar os caracteres morfológicos úteis à delimitação das espécies e gêneros nessas duas famílias e embasar os estudos subsequentes. Olacaceae está representada por cinco espécies em quatro gêneros e Schoepfiaceae por uma espécie, as quais estão distribuídas nos domínios fitogeográficos da Caatinga e Floresta Atlântica, em áreas de Caatinga cristalina e sedimentar e em florestas de terras baixas, montanas e submontanas. Todas as espécies foram registradas em pelo menos uma unidade de conservação da área de estudo. O segundo capítulo é uma revisão taxonômica para o gênero Cathedra. Descrições complementares para duas espécies, lectotipicações para dois nomes e uma sinonimização são sugeridas. Ainda nesse estudo, uma nova espécie é descrita (C. rupestris), sendo reconhecidas cinco espécies no gênero, três categorizadas Em perigo (C. bahiensis, C. grandiflora, C. rubricaulis), uma Menos preocupante (C. acuminata) e uma Criticamente em perigo (C. rupestris). O terceiro capítulo é o estudo taxonômico para as espécies extra-amazônicas de Heisteria, sendo apresentado em dois manuscritos. O primeiro trata da descrição de uma nova espécie (Heisteria longipedicellata) e um novo registro para a Mata Atlântica brasileira (Heisteria maytenoides). O segundo é a flora das espécies de Heisteria para o Brasil extra-amazônico, onde foram identificadas sete espécies distribuídas nos domínios da Caatinga, Cerrado e Floresta Atlântica. Dentre as espécies identificadas, Heisteria ovata, H. perianthomega e H. silvianii são amplamente distribuídas na área de estudo e sugeridas no status de conservação de Menor Preocupação, enquanto H. blanchetiana, H. citrifolia e H. maytenoides apresentam distribuição restrita e são sugeridas como Em perigo e, por fim, H. longipedicellata, representada por um único espécime, não foi avaliada, sendo sugerida como Dados deficientes. A sinonimização de H. salicifolia em H. perianthomega também é proposta nesse estudo.