Contribuição da Ergonomia para melhoria de uma linha de montagem de componentes metálicos na indústria automotiva

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: CARVALHO, Raquel Ferreira Araruna de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso embargado
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
UFPE
Brasil
Programa de Pós Graduação em Ergonomia
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/39011
Resumo: Os fatores ergonômicos têm sido cada vez mais evidenciados no conforto e satisfação dos trabalhadores. Na indústria, a ergonomia torna-se fundamental, considerando o risco potencial de agravamento à saúde, já que a natureza das tarefas desempenhadas apresentam características mais monótonas e repetitivas. Esta realidade é vivenciada na indústria automobilística, uma vez que este setor industrial integra inúmeras linhas de montagem. Face a tais circunstâncias, esta pesquisa avaliou as condições ergonômicas em uma célula produtiva de uma indústria de componentes metálicos, avaliando os fatores físicos, cognitivos e organizacionais das tarefas, além da prevalência de dores e desconfortos musculoesqueléticos nos operadores. Estudo do tipo descritivo e exploratório de campo nas atividades de 30 operadores de uma linha montagem de componentes metálicos da indústria automotiva. Utilizou-se entrevista aberta sobre a percepção do trabalho, questionário sociodemográfico, questionário nórdico, e aplicação dos métodos NIOSH e o OCRA. Como resultados restou demonstrado que duas das cinco atividades principais realizadas na linha de montagem apresentavam fatores de risco biomecânicos. Contudo, pela baixa taxa de ocupação nas atividades risco, minimizadas pela realização de job rotation, este estudo evidenciou menor frequência de queixas osteomusculares nos operadores quando comparado a outros estudos, apresentando dentre as queixas que causaram afastamento do trabalho, costas superior e inferior (6,7%), e quadris/coxas (6,7%), tornozelo/pé (6,7%). Quanto ao relacionamento interpessoal dos trabalhadores foi observado que o setor apresenta uma boa sintonia, tanto com os colegas como com a chefia. Foi identificado que o ambiente de trabalho gera satisfação por parte de todos os trabalhadores, o que é de grande valia do ponto de vista organizacional. A empresa estimula a inclusão e escuta dos operadores no processo de melhoria contínua do processo produtivo, sendo de suma importância para o fator organizacional do ambiente laboral. Por fim, o estudo aponta algumas recomendações ergonômicas, bem como a continuidade do monitoramento e aplicação da ergonomia na empresa. Sugere-se a necessidade de investigação das percepções sobre essa prática e seus resultados na saúde dos trabalhadores, correlacionando aos resultados financeiros positivos da empresa, contribuindo para uma maior ponderação sobre a importância dos aspetos ergonômicos na concepção e organização dos postos de trabalho.