Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
GOLIN, Josiane |
Orientador(a): |
ROAZZI, Antonio |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Psicologia Cognitiva
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/17754
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Resumo: |
O Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade tem sido, atualmente, um dos diagnósticos psiquiátricos mais comuns na infância. Trata-se de um transtorno neurocomportamental, com um quadro clínico, de início precoce, que se caracteriza por sintomas de desatenção, hiperatividade e impulsividade exageradas acarretando grandes prejuízos em várias esferas da vida, mas sobretudo na vida social e acadêmica. Além das dificuldades comportamentais, são percebidas as dificuldades nas interações sociais, pois a falta de controle das atitudes e reações dificultam a participação em atividades de grupo, ou que envolvam relações, denotando uma inabilidade de compreender e aceitar as questões do outro. Essa inabilidade, por sua vez, implica na Teoria da Mente, que é o processo cognitivo responsável pela capacidade de compreender, interpretar e atribuir estados mentais para si e para o outro, que viabilizam um melhor desenvolvimento social. Uma criança com TDAH, além do déficit da atenção e impulsividade, apresenta um prejuízo do controle inibitório, que está relacionado com as funções executivas. Um prejuízo nessas funções pode ser observado no desempenho acadêmico, como no comportamento, à medida que a criança apresenta dificuldades de planejar, inibir respostas, sustentar a atenção, participar de jogos e interação com pares, gerando desconforto e conflitos a sua volta. Objetivo: investigar a relação entre teoria da mente, funções executivas e competência social em crianças em risco para o Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade. Método: estudo de investigação correlacional, quantitativo, transversal e analítico. Participaram 230 alunos de escolas particulares de Recife, com idades entre 7,0; 10 e 11anos (idade média 8,5), ambos os sexos, divididos em dois grupos, um com crianças que apresentassem ao menos 7 sintomas para TDAH, segundo critérios do DSM-IV, consideradas “em risco”, e outro com crianças com desenvolvimento típico. Os dados foram coletados através de questionário sociodemográfico, questionário SNAP-IV, Matrizes Progressivas de RAVEN, Torre de Londres, Stroop palavra-cores, Tarefas de Teoria da Mente de crença falsa de primeira e segunda ordem e o Inventário Multimídia de Habilidades Sociais para Crianças. Resultados: teoria da mente de 2ª ordem mostrou correlação positiva em crianças com risco para TDAH, assim como, estas apresentaram grande prejuízo na execução das tarefas que avaliaram as funções executivas e competência social, diferindo significativamente do grupo de crianças com desenvolvimento típico. A correlação entre as variáveis, teoria da mente de 2ª ordem, funções executivas e competência social mostraram ser preditoras do TDAH, denotando que quanto maior o risco para o TDAH em crianças, maior o prejuízo da teoria da mente de 2ª ordem, das funções executivas e menos competentes socialmente estas se apresentam. |