Retratos dos dias: a produção de sentidos na vida cotidiana de crianças

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: MACIEL, Silvia Fernanda de Medeiros
Orientador(a): MEIRA, Luciano Rogério de Lemos
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/11299
Resumo: Este estudo faz uma reflexão acerca dos processos de produção de sentidos na vida diária de crianças, a partir do ponto de vista delas, entendendo que é nas relações corriqueiras do dia-a-dia e no fluir das ações cotidianas – com seus padrões de permanência e com suas rupturas – que os seres humanos elaboram suas histórias de vida e se constituem como sujeitos. A base teórica do trabalho se estabelece ancorada em discussões acerca das relações da psicologia com os uso da palavra e dos jogos de linguagem, da psicologia com a vida cotidiana e da psicologia com a fotografia. Como estratégia metodológica para a produção dos dados, foi elaborado um jogo de pesquisa baseado no uso de sondas culturais e na reflexão sobre o lúdico, os jogos e seus usos. Com ele, quatro crianças com idade entre 9 e 11 anos, foram orientadas a fotografar (e a desenhar) seu cotidiano e a depois falar sobre as imagens produzidas. De posse dos dados, foi realizada uma sistematização gráfica dos processos de produção de sentido dessas crianças, em função do local em que as fotografias foram feitas, de quem ou o quê aparece nas fotos e de como essas imagens são apresentadas – se de maneira mais literal, como em fotos de objetos ou de pessoas fazendo poses; ou se de maneira mais pragmática, retratando ações e relações. Esses padrões gráficos foram classificados em função da variedade de imagens (variado ou repetitivo) e em função do modo como a sequência fotográfica foi feita (descontínuo ou linear). A interpretação dos dados se deu em função da análise da relação entre as fotografias e a fala das crianças acerca dessas imagens. Os dados demonstram que, a despeito de todas as crianças situarem parte de suas fotografias nos espaços doméstico e escolar, há variação tanto no que elas fotografam, quanto no modo como o fazem. E essa variação, ao apontar para os diferentes modos de produção de sentidos em suas experiências cotidianas, sugere a possibilidade de estabelecimento de alguns padrões para a leitura desses processos de produção de sentidos que poderão contribuir tanto para novos estudos psicológicos nessa linha investigativa, quanto para a prática da psicologia na clínica e na escola.