Quimioestratigrafia e Bioestratigrafia da Formação Frecheirinha, Grupo Ubajara – Nordeste do Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Mendizábal, Leticia Lourdes Chiglino
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/10515
Resumo: O Grupo Ubajara localiza-se no Domínio Médio Coreaú, nordeste da Província Borborema, constitui uma sequência de plataforma marinha rasa, conformada a base ao topo por arenitos da Formação Trapiá, pelitos da Formação Caiçaras, calcários e margas subordinadas da Formação Frecheirinha, e no topo arenitos e guarvacas da Formação Coreaú. Os carbonatos da Formação Frecheirinha apresenta valores negativos de (δ 13C -3.5 ‰ e +3.7 ‰) em direção ao topo, e razão de 87Sr/86Sr entre 0.7075 e 0.7080. Pela primeira vez, são descritos para uma sequência do nordeste do Brasil, micorfossies de parede orgânica que se caracterizam pela baixa diversidade, compreendendo espécimens de Leiosphaeridia e Bavlinella subordinada. Esses dados, combinados com restrições de idade mínima de 560 ± 19 Ma determinada para diques máficos que cortam a unidade, sugerem uma idade de deposição Ediacarana entre 635 e ca. 580 Ma, para a Formação Frecherinha. A diferença de outras unidades carbonáticas Ediacaranas no Brasil, a Formação Frecherinha não tem depósitos glaciais associados, ou características sedimentares típicas das capas carbonaticas pósglaciais. Os valores negativos de δ 13C refletem a bioprodutividade e as alterações do nível do mar no momento de deposição. Os carbonatos da Formação Frecheirinha são importantes para a compreensão da biota e as concomitantes mudanças na composição isotópica da água do mar, como também na reconstrução paleogeográfica entre os episódios de quebra do supercontiente Rodinia e a fusão do Gondwana.