Ocorrência de infecção pelo vírus da hepatite C em exatletas de futebol das décadas de 60 e 70 em Recife

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Cezar Rocha Azevedo, Thiago
Orientador(a): Pessoa de Almeida Lopes, Edmundo
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/1610
Resumo: A hepatite pelo vírus C apresenta distribuição mundial, com cerca de 190 milhões de infectados, sendo a responsável por 25% e 27% dos casos de cirrose e hepatocarcinoma, respectivamente. A transmissão do vírus dá-se basicamente através do contato com fluidos de um indivíduo contaminado, sobretudo sangue, sendo as principais fontes de transmissão o uso de hemoderivados e a utilização de drogas injetáveis, por compartilhamento de seringas. Outras formas de transmissão também são documentadas, como a transmissão perinatal, a sexual e a ocupacional, mas de menor importância epidemiológica. Estudos revelam que em 20 a 40% dos casos não se consegue detectar fatores de risco, sugerindo a existência de outras formas de transmissão. A reutilização de material para aplicações parenterais, principalmente o uso de seringas de vidro, vem sendo descrita em diversos estudos como relevante fator de risco. Publicações obtidas através da Organização Mundial de Saúde mostram que em torno de 2 milhões de pessoas são infectadas anualmente pelo vírus da hepatite C, através do uso de injeções contaminadas, principalmente em países em desenvolvimento. O primeiro artigo desta tese constitui uma revisão da literatura sobre as formas de transmissão do vírus da hepatite C relacionadas ao uso de seringas de vidro. As formas mais freqüentemente relatadas foram através do uso destas seringas para aplicações terapêuticas, como campanhas para tratamento em massa de populações acometidas por endemias, e para o uso de complexos vitamínicos injetáveis por jovens eatletas, especialmente os de futebol, entre as décadas de 50 e 80, com objetivo de implementar o rendimento sexual ou físico. O artigo original, um estudo descritivo do tipo série de casos, foi realizado com o objetivo de avaliar a freqüência da infecção pelo vírus da hepatite C em ex-atletas de futebol das décadas de 60 e 70 em Recife e sua relação com o uso de complexos vitamínicos injetáveis. A pesquisa incluiu 97 ex-atletas do sexo masculino, sendo 35 ex-jogadores profissionais e 62 ex-atletas amadores. A freqüência geral de infecção pelo vírus C encontrada foi de 7,2%. No grupo de exprofissionais a ocorrência foi de 11,4%, enquanto que entre os amadores 4,8% apresentaram o anti-HCV positivo. O uso de complexos vitamínicos injetáveis foi a única variável associada a infecção pelo vírus da hepatite C estatisticamente significativa