Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Cruz, Natasha Ferreira Santos da [UNIFESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de São Paulo
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.unifesp.br/handle/11600/70647
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Resumo: |
Objetivos: Avaliar a liberação de óleo de silicone (OS) por seringas e agulhas utilizadas para injeção intravítrea. Dessa forma, foram conduzidos três estudos com os seguintes objetivos: 1 - Realizar uma revisão detalhada das técnicas e materiais utilizados em injeções intravítreas; 2 - Avaliar a variabilidade no número de partículas de OS liberadas em seringas do mesmo lote e o impacto que agulhas de diferentes calibres têm na quantidade de OS liberado pelas seringas; 3 - Avaliar o papel da agitação da seringa siliconizada e sem óleo de silicone no desenvolvimento de inflamação após injeção intravítrea de aflibercepte. Métodos: No estudo 1, uma revisão da literatura integrativa foi realizada, detalhando as técnicas e materiais utilizados em seringas e agulhas usados para injeções intravítreas. No estudo 2, quatro modelos de seringas e seis modelos de agulhas foram avaliados quanto à liberação de OS. Os dados foram analisados por citometria de fluxo com marcação fluorescente para óleo de silicone. No estudo 3, um ensaio clínico randomizado, duplocego, controlado incluiu indivíduos com indicação de injeção intravítrea de aflibercepte 48 horas antes da vitrectomia para retinopatia diabética proliferativa. Foram divididos em grupo agitação e sem agitação, com seringa siliconizada (SR) ou sem OS (HSWNormJect). Foi avaliada a presença de reação de câmara anterior (RCA) e amostras aquosas foram submetidas a Cytometric Bead Array (CBA) para quantificação de interleucinas e quimiocinas. Resultados: No estudo 1, foi possível elucidar aspectos relacionados a agulhas, seringas, processo de revestimento do óleo de silicone, métodos de esterilização, manuseio das seringas, anestesia e questões de segurança relacionadas a materiais e técnicas. No estudo 2, foi demonstrado que todos os modelos de seringa apresentaram um alto coeficiente de variação na liberação de OS entre as seringas do mesmo lote. A quantidade de OS foi significativamente maior na seringa quando a agulha foi colocada. O número de partículas de OS liberadas com a agulha BD 30G acoplada à seringa foi estatisticamente maior do que com a agulha de 27G (p = 0,005). Além disso, o número de partículas de OS foi maior na configuração seringa/agulha do que apenas em agulhas (p = 0,0024). No estudo 3, foram incluídos 41 indivíduos (21 no grupo agitação e 20 no grupo sem agitação). Após 48 horas da injeção de aflibercepte, 10% dos pacientes do grupo controle e 80% do grupo de agitação apresentaram RCA com a seringa SR. Não houve diferença nas variações médias das citocinas e quimiocinas por estado de agitação. Conclusão: 1 - As recomendações práticas mais importantes para aplicação das injeções intravítreas são a escolha de seringas sem óleo de silicone, evitar agitação das seringas e variações de temperatura das medicações. 2 – Houve uma alta variabilidade na quantidade de óleo de silicone liberado por seringas do mesmo lote. Além disso, não ocorreu uma associação clara entre o calibre da agulha e o número de partículas de OS liberadas. 3 - A agitação revelou ter um papel potencial no desenvolvimento de inflamação após injeção intravítrea de aflibercepte, especialmente se combinada a seringa siliconizada. |