Frequência, marcadores inflamatórios e fatores de risco associados à infecção de sítio cirúrgico em câncer músculoesquelético em hospital de câncer de Pernambuco

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: SILVA, Gerlany Gisely Bezerra da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
UFPE
Brasil
Programa de Pos Graduacao em Cirurgia
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/51809
Resumo: A infecção do sítio cirúrgico continua sendo uma das maiores preocupações na ortopedia oncológica e tão desafiadora quanto a recorrência do câncer, apesar do seu potencial preventivo, uma vez que as infecções do sitio cirúrgico (ISC) podem ser evitadas com medidas baseadas em evidências. O estudo tem como objetivo avaliar frequência, fatores de risco associados e marcadores inflamatórios nas infecções de cirurgias ortopédicas oncológicas de um hospital de referência em Pernambuco. Foi realizado um estudo observacional, analítico, do tipo corte transversal realizado a partir da coleta de dados do prontuário de 110 pacientes e amostras de sangue para os marcadores inflamatórios. A análise da frequência de ISC, fatores de risco e resultados de provas inflamatórias foram realizadas através do no software SPSS – Statistical Package for Social Sciences, versão 21.0 (IBM, Armonk, NY). Os resultados obtidos demonstraram que 9,09% apresentaram ISC. A análise bivariada revelou que o número de membros participantes na cirurgia maior ou igual a cinco (OR 5,524; [CI95%] 1,116–27,348; p=0,041) e necessidade de transfusão intraoperatória (OR 7,667; CI95% 1,786–32,910; p=0,012) foram significativamente correlacionados com o aumento do risco de infecção do sítio cirúrgico, sendo esta última o único fator de risco independente, dentre as variáveis estudadas. As demais variáveis independentes não interferiram significativamente. A análise multivariada revelou que apenas a necessidade de transfusão intraoperatória (OR 8,22; CI95% 1,81-27,37; p = 0,006) foi um fator de risco independente para o desenvolvimento de infecção do sítio cirúrgico. As dosagens de proteína C reativa ultrassensível para avaliação de resposta inflamatória após ISC, apresentaram resultados acima da referência em toda amostra, variando entre >5 e >200 mg/dl pelo método imunoturbidimétrico. Quanto as citocinas, foram dosadas IL-2, IL-4, IL-6, IL-10, TNF e IFN-Ƴ, destas, a interleucina 6 apresentou nível mais elevado, entre 6,68 e 58.76 pg/mL. Dessa forma, a reavaliação da necessidade transfunsional, bem como o número de membros profissionais no interior da sala cirúrgica podem contribuir para prevenção de ISC na unidade.