Resposta da comunidade de tardígrados ao impacto do pisoteio associado ao turismo nos recifes de Porto de Galinhas (Ipojuca, PE)
Ano de defesa: | 2014 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
UFPE Brasil Programa de Pos Graduacao em Biologia Animal |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/16240 |
Resumo: | O pisoteio decorrente do tráfego de pedestres sobre os recifes de coral é um fenômeno associado ao turismo em muitas praias de Pernambuco. No ambiente fital o pisoteio pode afetar as algas e a fauna associada, modificando a estrutura das comunidades. O filo Tardigrada é componente permanente da meiofauna sendo encontrado no sedimento marinho e associado a macroalgas. O presente trabalho teve como objetivo avaliar o efeito do pisoteio sobre os tardígrados associados ao fital dos recifes de Porto de Galinhas, PE. Para isso delineou-se experimentos observacionais e manipulativos com intuito de avaliar o impacto do turismo e das simulações de pisoteio humano sobre a comunidade de Tardigrada. No primeiro experimento foram determinadas estações pareadas ao longo dos recifes, seguindo os limites entre a área protegida e a exposta ao trafego humano, avaliando se a comunidade diferia em consequência do pisoteio. Os tardígrados apresentaram abundâncias aparentemente condicionadas pelo tipo de substrato, mostrando reduções na densidade quando associados a Gelidiela acerosa, e exibindo maior densidade na área impactada quando associados Chodrophicus papillosus. Para o segundo experimento foram determinados transects na área protegida do recife e executados dois níveis de intensidade de pisoteio sobre o substrato recifal. A avaliação do efeito do pisoteio seguiu um desenho experimental BACI (Antes/Depois e Controle/Impacto), sendo as amostras coletadas para monitoramento do nível de recuperação da comunidade com um, dois e três meses após cessado o pisoteio. Como resultado deste trabalho, houve redução das variáveis do substrato algal (biomassa, cobertura, peso do substrato e altura do tapete) e também na densidade de Tardigrada, com valores seguindo uma tendência de redução tanto maior o nível de estresse. Variações locais, foram determinantes para a estrutura da comunidade de Tardigrada, dificultando a compreensão dos efeitos do impacto. O processo de recuperação foi independente da intensidade do distúrbio, alcançando valores estabilizados já no primeiro mês. |