O mascaramento nos potenciais evocados auditivos corticais com estímulo de fala

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: ROCHA, Mônyka Ferreira Borges
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
UFPE
Brasil
Programa de Pos Graduacao em Saude da Comunicacao Humana
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/38752
Resumo: A utilização de medidas eletrofisiológicas com Potenciais Evocados Auditivos Corticais permitem avaliar de maneira objetiva as habilidades de processamento temporal diante do fenômeno Masking Release ou Benefício do Mascaramento Modulado. Este benefício é causado por flutuações do mascaramento e observado quando o ruído de fundo é modulado. Tal condição gera uma melhor percepção da fala quando comparada à situações em que o ruído é estável. O objetivo deste estudo foi analisar o efeito do mascaramento no Potencial Evocado Auditivo Cortical com estímulo de fala em adultos-jovens, com uma amostra composta por 14 indivíduos com idades entre 19 a 28 anos de ambos os sexos e com audição normal. O exame de Potencial Evocado Auditivo Cortical foi realizado com estímulo de fala sintética /ba/ com intensidade fixa de 65 dB NPSpe e com ruído simultâneo Speech Shaped Noise. O ruído foi apresentado em três condições: ruído estável fraco, com intensidade de 30 dB NPSpe, ruído estável forte, com intensidade de 65 dB NPSpe e ruído modulado em 25Hz, entre intensidades de 30 e 65 dB NPS e com período de modulação de 40 ms. Foram identificadas as latências e amplitudes das ondas P1, N1 e P2 nas três condições de apresentação do ruído e realizado comparações entre as diferentes condições. A morfologia também foi analisada nos três condições de ruído. Os resultados demonstraram maiores latências para os componentes corticais, exceto P2, na condição de ruído estável forte e menores latências de todos os componentes diante do ruído estável fraco, seguido da condição de ruído modulado. Foram observadas amplitudes mais robustas em todos os componentes corticais na condição de ruído modulado, com diferença estatística significativa na comparação com a condição de ruído estável forte. Houve pior morfologia das ondas na condição de ruído estável forte, quando comparado aos demais registros. Os limiares eletrofisiológicos médios para as condições de ruído estável forte e ruído modulado foram 60 dB NPSpe e 49 dB NPSpe, respectivamente, mostrando uma diferença de 11,7 dB, representando a medida de Benefício do Mascaramento Modulado. Diante desses achados inferimos que além da presença do Benefício do Mascaramento Modulado, o menor efeito mascarante do ruído modulado nas medidas de amplitude dos componentes corticais, indicam sinais desse fenômeno nessa medida.