Cristãos-Novos no negócio da Capitania de Pernambuco: relacionamentos, continuidades e rupturas nas redes de comércio entre os anos de 1580 e 1630

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: SILVA, Janaína Guimarães da Fonseca
Orientador(a): ASSIS, Virgínia Almoêdo de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/11018
Resumo: A Capitania de Pernambuco, entre os anos de 1580-1630, foi local de circulação, estabelecimento e comércio de vários cristãos-novos, descendentes de judeus convertidos em Portugal no final do século XV. Estes homens foram membros de extensas redes comerciais, fundamentais ao desenvolvimento do comércio transoceânico. Tais redes, contudo, não eram compostas apenas por homens de origem cristã-nova. Em seus prolongamentos elas contavam com mercadores das mais diversas origens, que estavam localizados em entrepostos comerciais estratégicos, com os quais os neoconversos se articulavam para o escoamento e introdução de diversos produtos na capitania. Nossa tese foi construída a partir da recomposição das trajetórias de alguns cristãos novos que estiveram na Capitania de Pernambuco desde o fim do século XVI. Primeiramente examinamos a construção dessas redes comerciais heterogêneas. Logo averiguamos os motivos que levaram alguns destes homens a deixar a Capitania no começo do século XVII, entre os quais destacamos a ação inquisitorial e a mobilidade intrínseca as redes comerciais. E, por fim, analisamos as estratégias desenvolvidas pelos que permaneceram em Pernambuco até, ao menos, o ano de 1630. A tese aqui proposta é de que os cristãos-novos estabelecidos em Pernambuco desenvolveram heterogêneas relações comerciais, familiares e comunitárias que contribuíram para a permanência desses homens, mesmo diante de uma conjuntura difícil. Pois os anos que antecederam a tomada da capitania pelos holandeses foram marcados por uma intensa ação pirata e corsária no oceano Atlântico e também pela retração do preço do açúcar nos mercados europeus.