Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
LIRA, Maria Cláudia Alheiros |
Orientador(a): |
LEANDRO, Carol Virgínia Góis |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Nutricao
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/18056
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Resumo: |
Durante o período perinatal, caracterizado por elevada plasticidade, a carência de proteínas é capaz de induzir adaptações morfológicas e funcionais nos tecidos, visando garantir a sobrevivência do indivíduo no ambiente atual e predito. Contudo, quando o ambiente posterior não é o mesmo para o qual o organismo foi adaptado, eleva-se o risco de aparecimento de doenças crônicas não transmissíveis. A ingestão excessiva de alimentos ricos em energia, gorduras e carboidratos simples ao longo da vida aumenta o risco de desenvolvimento de excesso de peso e doenças metabólicas e, quando está associada à desnutrição no início da vida, podem ocorrer alterações na trajetória de crescimento, no consumo alimentar, em parâmetros bioquímicos e na função imune. Este estudo objetivou avaliar os efeitos de uma dieta hiperlipídica pós-desmame sobre o crescimento somático, o consumo alimentar, parâmetros bioquímicos e a função de macrófagos peritoneais de ratos submetidos a uma dieta hipoproteica perinatal. Foram utilizados 52 ratos machos Wistar cujas mães receberam dieta normoproteica ou hipoproteica durante a gestação e lactação. Do desmame aos 60 dias, os filhotes receberam dieta padrão ou dieta hiperlipídica. Formaram-se 4 grupos experimentais (n=10-14/ cada): Controle (C, ratos que receberam dieta normoproteica na gestação e lactação e padrão pós-desmame), Desnutrido (LP, ratos que receberam dieta hipoproteica na gestação e lactação e padrão pós-desmame), Hiperlipídico (HF, ratos que receberam dieta normoproteica na gestação e lactação e hiperlipídica pós-desmame) e Desnutrido-Hiperlipídico (LP-HF, ratos que receberam dieta hipoproteica na gestação e lactação e hiperlipídica pós-desmame). Avaliou-se o crescimento somático [peso corporal (PC), comprimento da cauda, comprimento naso-anal] ao longo da vida e o consumo alimentar (ingestão alimentar relativa, ingestão energética relativa e coeficiente de eficácia alimentar) de 30 a 36 dias e de 54 a 60 dias de vida. Aos 60 dias, os ratos foram sacrificados e realizou-se coleta de sangue para avaliação sérica de triglicerídeo, colesterol, glicose e leptina, retirada de órgãos e do tecido adiposo epididimal e retroperitoneal para avaliação do peso relativo e de macrófagos peritoneais para avaliação de fagocitose e produção de óxido nítrico (NO) in vitro. Filhotes LP tiveram menor PC, comprimento da cauda e comprimento naso-anal do que filhotes C. Aos 60 dias, filhotes LP-HF não diferiram quando comparados aos C, exceto pelo reduzido comprimento naso-anal. De 57 a 60 dias, filhotes LP-HF apresentaram menor ingestão alimentar e energética relativa comparados aos LP, mas o coeficiente de eficácia alimentar foi maior comparado aos LP e C. Filhotes HF e LP-HF apresentaram maior peso relativo da gordura epididimal e retroperitoneal do que filhotes C e LP. Quanto aos parâmetros bioquímicos, filhotes LP apresentaram menor colesterol total do que os C, porém filhotes LP-HF tiveram maior colesterol total do que os LP. Fagocitose e produção de NO aumentaram nos filhotes LP. Diante de um desafio imunológico, a produção de NO por macrófagos aumentou quando comparada ao estado basal, exceto no grupo LP. Estes resultados sugerem que a dieta hiperlipídica pode modular os efeitos da desnutrição perinatal, elevando o risco de doenças metabólicas. |