Memória e literatura no Canto geral de Pablo Neruda: reinvenção do outro e de si mesmo
Ano de defesa: | 2018 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
UFPE Brasil Programa de Pos Graduacao em Letras |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/30385 |
Resumo: | O presente trabalho tem como objetivo tecer relações entre a concepção de memória e a obra Canto Geral de Pablo Neruda. Dentre os aspectos analisados, observamos primeiramente de que forma a memória é colocada a serviço da recriação de um passado silenciado, contribuindo para uma reconfiguração da função do poeta como agente do recordar. Outro aspecto abordado é o da relação entre o ofício do poeta e o dever de recordar como base para a literatura politicamente engajada defendida pelo autor chileno. Trazemos também discussões acerca dos riscos no que concerne a manipulação da memória, além de uma abordagem da reconfiguração do poeta como ser privilegiado, herdeiro confidente do povo e do uso da memória na obra como forma de autopromoção do próprio autor. Dentre nossas principais fundamentações teóricas, temos Assman (2011) com a ideia de uma memória potencial, Pierre Nora (1992) e seus lugares de memória, Jacques Rancière (2009) e a Partilha do Sensível, Gilles Deleuze (2007) e a ideia de fabulação. Como resultados, apresentamos uma imagem não polarizada do poeta e de sua obra, que faz uso da memória não como mero resgate, mas como recriação da imagem de si mesmo como grande representante do projeto de renascimento de um povo. |