Diálogo de negros, monólogo de brancos: transformações e apropriações musicais no maracatu de baque virado

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2007
Autor(a) principal: Ignacio De Carvalho, Ernesto
Orientador(a): Sandroni, Carlos
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/782
Resumo: O trabalho aborda a situação do maracatu-nação após o seu boom na década de 1990. As dinâmicas da linguagem musical são observadas no contexto histórico do desenvolvimento das comunidades maracatuzeiras afro-descendentes, sobretudo na zona norte do Recife, desde o momento de violenta repressão, durante o Estado Novo, até a transformação da tradição em objeto de fetiche e canibalização pela classe média branca. Assim, diferenças e articulações entre o fazer musical dos diversos grupos, diversamente situados nesse sistema do maracatu , são analisados por meio da etnografia e de temas importantes da Etnomusicologia. Um modelo de oposição e continuum entre monologia e dialogia é montado para evidenciar duas concepções complementares e em tensão na performance e na representação da música. Atenção especial é dada a uma nação, o Encanto da Alegria, em que batuqueiros mais velhos tocaram com jovens recentes ao baque virado. Outras nações articuladas na análise e descrição do contexto histórico são: Almirante do Forte, Axé da Lua, Cambinda Africana, Cambinda Estrela, Elefante, Estrela Brilhante, Gato Preto, Indiano, Leão Coroado e Porto Rico