Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
COSTA, Raisa Ferreira |
Orientador(a): |
VALENÇA, Marcelo Moraes |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Ciencias Biologicas
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/40208
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Resumo: |
A migrânea é uma doença neurológica extremamente incapacitante devido aos seus sintomas relacionados, porém os mecanismos fisiopatológicos envolvidos na ativação de uma crise de migrânea permanecem ainda desconhecidos. Modelos experimentais mimetizam a fisiopatologia através de estimulações químicas e elétricas. O topiramato é um importante fármaco usado na prevenção da migrânea, mas seu mecanismo de ação ainda não é bemconhecido. Para entender melhor a inflamação estéril após exposição da dura- máter bilateralmente, criamos um modelo experimental para estudar os mecanismos de ação do topiramato e da capsaicina na degranulação de mastócitos. Trinta e cinco ratos, machos(n=28) e um grupo de fêmeas (n=7), com 60 dias de idade foram divididos em dois grupos: topiramato por via oral (20 mg/kg/dia, gavagem/10 dias) e topiramato agudo in situ na dura-máter (10-3M, 20 µl). Os animais foram anestesiados e janelas cranianas entre a sutura coronal e o lambda nos hemicrânios foram realizadas com drill, para expor bilateralmente a dura-máter. No lado direito foi colocado capsaicina 10-3 M (80 µl) e no lado esquerdo fluido instersticial sintético (SIF) (80 µl). A porcentagem de mastócitos degranulados foi quantificada após a remoção da dura-máter, pelacoloração de azul de toluidina (0,1%). A análise estatística foi feita pelo teste Kolmogorov-Smirnov, posterior teste t e ANOVA. Houve uma maior quantidade de mastócitos degranulados na dura-máter do hemicrânio estimulado com capsaícina quando comparado com o lado contralateral controle, tanto em fêmeas (18,43±3,00% versus 73,11±2,67%; p<0,001) quanto nos machos (27,21±1,91% versus 75±2,55%; p<0,001) como não houve diferença estatística, utilizamos apenas machos. No grupo tratado com topiramato por 10 dias houve uma menor quantidade de células degranuladas pela capsaisina (22,80%±1,17 versus 77,00±1,32, p<0,001). O topiramato colocado in situ concomitante à capsaicina também atenuou o processo de degranulação dos mastócitos na dura-máter (35,74±1,69% controle versus 44,52±0,82% capsaicina + topiramato; p<0,001). Este estudo conseguiu demonstrar que a capsaicina é um método químico de indução e estimulação dos mastócitos e que o topiramato atenua o efeito da capsaicina. |