Tratamento biológico de óleo diesel por consórcio fúngico

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: CRUZ, Geórgia Gomes da
Orientador(a): SILVA, Teresinha Gonçalves da
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Ciencias Biologicas
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/28012
Resumo: Pesquisas têm sido fomentadas em busca de alternativas ecologicamente e economicamente viáveis para tratar ambientes impactados por petroderivados, como a biorremediação. Este trabalho teve como objetivo investigar a capacidade de um consórcio fúngico que apresente potencial para degradar óleo diesel, estabelecendo as condições adequadas em processo de biorremediação ex situ. Para estabelecer condições mais promissoras de fatores nutricionais e físico-químicos foram utilizados planejamentos fatoriais, permitindo testar simultaneamente variáveis como: pH, concentrações de inóculo, glicerol e nitrato de amônia. Ao final dos ensaios foram avaliadas as variáveis resposta: a degradação de hidrocarbonetos por cromatografia gasosa e análise da toxicidade dos subprodutos sobre células vegetais e células humanas mononucleares de sangue periférico. Tendo conhecimento da melhor condição para o processo de biodegradação, essa foi aplicada em experimentos em biorreator para tratar um volume maior e em condições controladas. O consórcio foi formado pelos fungos Cunninghamella elegans, Rhizopus arrhizus e Aspergillus niger, pois, além da capacidade de degradação não apresentaram interação negativa. A melhor condição encontrada nos ensaios realizados em frascos (volume total 100mL), contendo 10% de óleo diesel, foi: 1 bloco de gelose de Cunninghamella elegans, 1 bloco de gelose de Rhizopus arrhizus e 2 blocos de gelose de Aspergillus niger, 1,5 g/L de NH₄NO₃, 2 mL de glicerol, pH inicial de 8,5. A degradação do óleo diesel alcançou média de degradação de até 97,41% em biorreator, enquanto alguns hidrocarbonetos foram degradados completamente. A toxicidade do material residual do processo também foi reduzida quando comparada ao poluente, permitindo a germinação das sementes testadas e resistência das células mononucleadas do sangue periférico humano. Sendo assim, o consórcio fúngico apresenta potencial para ser utilizado em processos de biorremediação de locais contaminados por óleo diesel.