Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
NEVES, Wesley de Oliveira |
Orientador(a): |
SOUZA, José Roberto Botelho de |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Biologia Animal
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/54171
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Resumo: |
As praias arenosas são ecossistemas em constante transformação que abrigam uma diver- sidade de animais cujo habitat é influenciado pelas interações entre a areia, as ondas e as marés. Nas últimas décadas, houve um foco significativo no estudo da ecologia dessas praias, investigando o tipo e a estrutura das comunidades em diferentes tipos de praias e suas variações regionais. No presente estudo, utilizamos uma abordagem integrativa para a caracterização do tipo e estado praial e para a mensuração da diversidade taxonômica e funcional dos macrobentos. O objetivo geral deste trabalho é avaliar a influência do tipo e estado morfodinâmico na diversidade taxonômica e funcional das comunidades macrobentônicas de cinco praias, sendo elas (Praia do Paiva, Guaiamum, Coqueirinho, Tamandaré e a Ilha do Amor), na perspectiva das hipóteses de dureza de habitat (HHH) e fonte e sumidouro. As praias foram classificadas como: Paiva (Refletiva e Modificada pela Maré), Ilha do Amor (Intermediária e Dominada por Ondas), Guaiamum (Intermediária e Dominada por Ondas), Tamandaré (Intermediária e Dominada por Ondas) e Coqueirinho (Refletiva e Modificada pela Maré). Nossos resultados mostram uma tendência em relação à mudança na riqueza e uniformidade, tanto funcionais como taxonômicas, em relação às praias estudadas. Ao contrário do que esperávamos, a praia de Coqueirinho, que tem o estado morfodinâmico que, segundo a hipótese HHH, deveria ter a menor diversidade de espécies, possui uma diversidade maior em relação a outras praias que possuem estados morfodinâmicos intermediários, como é o caso da praia de Guaiamum, Paiva e Ilha do Amor. Em relação à análise de redundância (RDA), o modelo conseguiu explicar cerca de 52,44% da variação encontrada. Segundo a PERMANOVA, nosso modelo completo é estatisticamente significativo (P < 0,05). A praia Ilha do Amor possui uma forte correlação negativa com as variáveis Cascalho e Areia Média; consequentemente, os táxons que possuem correlação negativa com o RDA1 são positivamente relacionados à praia Ilha do Amor, que é caracterizada por sedimentos mais finos. Os táxons Hemipodia californiensis, Hemipodia simplex, Orbinia, Scolelepis squamata e Scolelepis goodbodyi estão fortemente relacionados a praias que possuem características semelhantes à Ilha do Amor, isto é, sedimentos mais finos e estados mais dissipativos. Enquanto que os táxons Protodrilus e Eteone apresentam fortes correlações com a variável Areia Média, Excirolana brasiliensis, por outro lado, apresenta uma forte correlação com praias com um tamanho de grãos maiores. Concluímos que a abordagem utilizada no presente estudo é atualmente uma das melhores ferramentas disponíveis para classificar o morfodinamismo e a diversidade biológica desses ambientes. |