Os usos pedagógicos na noção de cuidado de si: um estudo sobre a recepção do pensamento tardio de Michel Foucault no campo educacional brasileiro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Marília Alves da Silva, Nyrluce
Orientador(a): Simão de Freitas, Alexandre
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/4877
Resumo: O presente estudo problematiza a recepção do pensamento tardio de Michel Foucault no campo educacional brasileiro, investigando especificamente os usos da noção de cuidado de si na reflexão pedagógica contemporânea. Nesse horizonte, buscamos delinear uma genealogia da recepção do pensamento de Foucault entre os educadores brasileiros, para em seguida analisar como a noção de cuidado de si tem sido retomada para repensar a ideia de formação humana. Trata-se de uma pesquisa bibliográfica de caráter eminentemente teórico-documental. As análises revelaram que a recepção recente do pensamento de Foucault tem privilegiado a reflexão sobre a governamentalidade e os processos de subjetivação ética, diferenciando-se da recepção hegemônica nos anos 1980 e 1990 em que a predominava a incorporação da analítica do poder. Mais ainda, constatamos que, na ultima década, a noção de cuidado de si tornou-se uma chave analítica fundamental nos usos que se tem feitos do pensamento de Foucault, deslocando radicalmente o debate em torno da crítica ao sujeito da educação, ao mesmo tempo em que retoma aspectos antes negligenciados nos usos do seu pensamento. Em última análise, a noção de cuidado de si vem sendo conceitualizada, simultaneamente, como uma forma de crítica aos processos de governamentalização e de resistência criativa aos desafios éticos e políticos do nosso tempo, contribuindo para reativar o ideal da educação como formação humana